Na mesma linha do ex-presidente Donald Trump, Jair Bolsonaro voltou a atacar o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e defendeu o medieval voto impresso nas próximas eleições de 2022. Na sua famigerada transmissão feita nas redes sociais toda quinta-feira, Bolsonaro afirmou que caso não exista o chamado “voto auditável” nas urnas do ano que vem, um lado poderia não aceitar os resultados da eleição e “criar uma convulsão no Brasil”.
Esse “lado” é ele mesmo.
Apesar das declarações do Bolsonaro, nunca houve comprovação de fraudes no uso das urnas eletrônicas. O mentiroso patológico já afirmou diversas vezes ter provas que ele venceu no primeiro turno a eleição de 2018, mas nunca as apresentou.
Bolsonaro vem acastelando há meses um projeto encomendado a sua cúmplice, deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), que propõe a necessidade de impressão do voto. A medida, entretanto, encontra resistência do ministro Barroso, que afirma que sua implantação é impraticável.
— Vai ter sim, Barroso. Vamos respeitar o Parlamento. Caso contrário, teremos dúvidas nas eleições e podemos ter um problema seríssimo no Brasil. Pode um lado ou outro não aceita, criar uma convulsão no Brasil. Ou a preocupação dele é outra? É voltar aquele cidadão, o presidiário, para comandar o Brasil? — afirmou.
Sem nunca esquecer o seu oponente, Bolsonaro aproveitou para criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem se colocando como pré-candidato à Presidência no ano que vem e se reunido com diversos nomes da oposição. Bolsonaro afirmou, inclusive, que Lula já estaria negociando cargos. O que é mentira, claro.
Entre as insinuações treslouca feitas por Jair, sem qualquer evidência apresentada, claro, é que ele teria vencido a eleição no primeiro turno, que Aécio Neves teria sido eleito em 2014 e que tubos de cola seriam utilizados para impedir que determinados números da urna não funcionassem.
— Se acerta o placar de votação no TSE. Isso pode acontecer sim. Neguinho invade tudo, invade até a NASA. Invade os computadores dos ministérios aqui à vontade, na última eleição teve atraso por invasão. O que queremos na verdade? É a certeza do voto — disse.
Numa contradição própria de um desequilibrado, ele afirmou que não sabe ainda se será candidato à reeleição.