Ag. Brasília: Em novo investimento do GDF para desafogar a superlotação do sistema carcerário local, o Complexo Penitenciário da Papuda, na Região Administrativa de São Sebastião, vai abrir um novo presídio para abrigar 3,2 mil internos (veja mais no vídeo abaixo). Serão 16 módulos de vivência – como são chamados os pavilhões – mais modernos e com capacidade para 200 detentos cada um.
Todos os cômodos terão celas com banheiros, salas para atendimento médico e odontológico, acesso especial para advogados e pátios para banho de sol. A intenção é realocar para esses galpões os detentos em regime de prisão provisória, que ocupam uma ala ao lado.
Assista ao vídeo:
A entrega dos novos pavilhões, prevista para o final de abril de 2020, faz parte do conjunto de investimentos do governo na segurança pública do DF, ação iniciada em janeiro deste ano. O setor recebeu poucos recursos nos últimos anos, o que acabou causando a paralisação das obras, em 2018, por falta de pagamento à empresa vencedora do contrato de licitação. O secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, visitou as obras no complexo penitenciário.
PMDF recebe 216 viaturas e 22 ônibus novos em solenidade
A construção da nova ala da Papuda é fruto de um contrato entre o governo federal, por meio do Ministério da Justiça – e intermediado pela Caixa Econômica Federal – e o GDF, por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP). O contrato teve valor inicial de R$ 133 milhões, mas acabou licitado em R$ 112,9 milhões. Desse montante, R$ 80 milhões são de repasse do governo federal, enquanto R$ 32,9 milhões são do GDF.
Gargalo
Como ocorre em todo o sistema penitenciário brasileiro, reduzir a superlotação é um desafio para a direção da Papuda. O complexo prisional tem um dos mais elevados déficits de vagas do país. Cerca de 17,3 mil homens dividem celas lotadas que deveriam abrigar menos da metade, 7,4 mil, em estruturas que carecem de mais espaço e condições de salubridade. Desse total, 3,8 mil presos provisórios ocupam um espaço construído para abrigar apenas 1,1 mil pessoas.
“Por trás dessa ampliação, daremos mais dignidade aos detentos e aos nossos servidores, que merecem ter melhores condições e segurança de trabalho”, defendeu o secretário Anderson Torres.