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Augusto Aras diz que fatos revelados pela Vaza Jato são verdadeiros

Publicado em: 01/10/2019

O procurador-geral da República, Augusto Aras, comentou o vazamento de mensagens de procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, que investigou esquemas de corrupção em todo o país e teve início em Curitiba. De acordo com o novo chefe do Ministério Público Federal (MPF), as informações divulgadas no episódio conhecido como Vaza Jato, do site The Intercept Brasil, apresentam grau de veracidade. Ele foi entrevistado com exclusividade por Mário Kertész na manhã de hoje (30), na Rádio Metrópole.

“Temos que começar a discutir esse assunto do ponto de vista constitucional. Os fatos revelados pela Vaza Jato aparentemente são verdadeiros. Vários membros revelaram idoneidade das conversas. Precisamos ver a validade disso. Estamos no estado democrático de direito, onde os homens se submetem às leis. A par disso, do estado de direito, prevê a segurança jurídica, onde existem dois atributos que afastam o estado de arbítrio, que é a verdade dos fatos e a memória da verdade dos fatos”, declarou o PGR

Aras ainda afirmou que não se pode “ignorar a verdade real do MP, ainda que seja para o MP ferir o réu, como não podemos deixar de ferir a memória”. “Se a Vaza Jato revela fatos verdadeiros, é preciso respeitar os fatos e julgamentos já realizados. A responsabilidade dos agentes públicos que tenham cometido excessos, precisamos apreciar oportunamente. O CNMP já está avaliando. Logo, esses fatos são relevantes e nós devemos levar em conta”, acrescentou o procurador-geral, comentando a figura do ex-ocupante do cargo e chefe do MPF no início da Lava Jato, Rodrigo Janot.

Sobre sua indicação

“Somos procuradores e o corporativismo nesses 16 anos [de lista tríplica] contraria isso. Essa violação existe na quebra da isonomia. A voracidade do corporativismo de alguns é imensa. Temos mais de mil procuradores e isso não permite que todos participamos de eventos importante, gozando de diárias, tenha a vida plena funcional que deve ser guiada pelo mérito funcional. O corporativismo afasta o mérito para prestigiar fisiologismo, promover clientelismo, caindo na armadilha do toma-lá-dá-cá. Era preciso ter essa disruptura do MP”, avaliou, em entrevista a Mário Kertész.

Para Aras, o MP não pode estar submetido ao mesmo sistema do Legislativo. “Lá tem uma renovação de dois em dois anos. Com isso, uma oxigenação. No Ministério Público isso não acontece”, ressaltou.

Baiano, Augusto Aras afastou ainda qualquer possibilidade de interferência do presidente Jair Bolsonaro na sua atuação. “Não há como o presidente ou governador interferir na ação do PGR desde que esse agente político mantenha respeito à Constituição e ao país. Seja com Bolsonaro ou com senadores, não mantive nenhuma conversa que não fosse republicana. O presidente é extremamente cuidado com a coisa pública, preocupado com a moralidade e nunca tratou de assunto da sua família ou qualquer pessoa. […] Não está no meu caderno trair ou desertar. O que posso oferecer é respeito à Constituição muito profundo”, apontou.

A questão ambiental, segundo o novo chefe do MP, tem de ser observada “sem modismo”. “É dever do MP defender o meio ambiente e precisamos fazer de forma científica. Precisamos afastar modismos. Temos que buscar na ciência resposta e não só negar o desenvolvimento sustentável, que é um ideal a ser seguido”.

 

Fonte: DCM e Metro1

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