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Ministro da Cultura mentiu dizendo que Roger Waters recebeu R$ 90 mi em show

Publicado em: 24/11/2018

Depois da afirmação mentirosa do ministro da Cultura do presidente Michel Temer, Sérgio Sá Leitão, que publicou, no dia 21/10, em sua conta no Twitter, que o cantor Roger Waters, estava fazendo campanha para o candidato Fernando Haddad, o ministro Jorge Mussi, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, decidiu nesta sexta-feira (23), encerrar as investigações a respeito das relações do músico com a campanha de Haddad.

O ministro da Cultura  acusou a produção dos shows do ex-Pink Floyd no Brasil de receber dinheiro de incentivo fiscal da Lei Rouanet e de ter feito propaganda política nos eventos, o que não é permitido.

O próprio Ministério da Cultura informou que a produção de Roger Waters não captou dinheiro por intermédio da Lei Rouanet, o que torna ainda mais grave as acusações do ministro da pasta O problema todo surgiu quando Sergio Sá Leitão fez a acusação, e os eleitores de Jair Bolsonaro passaram a reclamar das manifestações de protesto de Waters em suas apresentações. Em São Paulo, o músico colocou Bolsonaro como líder fascista no Brasil,  e projetou #EleNão num telão.

Mentindo para ajudar Bolsonaro, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão,  disse que a turnê brasileira de Roger Waters usou o mecanismo da Lei Rouanet. “Roger Waters recebeu cerca de R$ 90 milhões para fazer campanha eleitoral disfarçada de show ao longo do 2º turno”, disse Sá Leitão, no Twitter. Depois, ele explicou que a informação tinha “fonte segura”, mas não disse qual.

Na ocasião, o  ministro defendeu ainda que o candidato Jair Bolsonaro foi acusado por muito menos e sem provas. “Roger Waters recebeu milhões de uma empresa brasileira e está fazendo campanha eleitoral a favor de um candidato, em oito shows e em entrevistas, procurando interferir no processo das eleições”. Por muito menos (e sem provas), Bolsonaro foi acusado de caixa 2 e campanha ilegal.”, disse. Era a palavra de um ministro de Governo contra a campanha de Haddad, que não se defendeu à altura.

Em entrevista ao Estadão publicada no dia 18 de outubro, Sérgio Sá Leitão fingiu demonstrar incômodo por manifestações políticas em shows. “Confesso que, pensando como público, como fã, eu estou de saco cheio. A gente não consegue mais ir a um show ou ver um filme sem que haja algum tipo de manifestação política”, reclamou.

O ministro afirmou ainda acreditar que mesmo sem falar do assunto durante campanha, Bolsonaro, se eleito, dará importância à pasta. “Outro que se interessa pelo assunto é o filho Flávio Bolsonaro, com o qual falei algumas vezes”, disse confessando o concluiu com a campanha de Bolsonaro.

Gestão do PT no Ministério da Cultura

Leitão aproveitou a entrevista para reforçar a as críticas fakes sobre a gestão petista no Ministério da Cultura. Ele afirmou na ocasião que, apesar do partido ter tido mérito (sic) parte de seu trabalho hoje é “reparar danos” causados ao setor durante tempo em que a legenda esteve no governo. “Eu gasto metade do meu tempo e da minha equipe resolvendo problemas herdados das gestões do PT. Não é possível aceitarmos que tenham sido acumuladas 25 mil prestações de contas sem análise no caso da Lei Rouanet, por exemplo”, disse se gabando.

 

Com informações do Conjur e Band

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