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No DF, Polícia Civil investiga mais um caso de homem queimado vivo

Publicado em: 27/06/2018

A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando o caso de um morador de rua que foi queimado vivo, enquanto dormia, na madrugada desta quarta-feira (27), em Brasília.

A vítima foi levada com queimaduras na perna pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).

O hospital notificou a 5ª delegacia da Asa Norte. A delegacia ainda está em diligência, buscando dados e informações sobre o caso.

A Secretaria de Saúde do DF anunciou que não pode divulgar, amparada pela lei, o estado de saúde de pacientes internados na rede hospitalar que sejam vítimas de crimes ou investigação policial.

Galdino

Galdino Jesus dos Santos, líder indígena brasileiro da etnia pataxó-hã-hã-hãe foi queimado vivo enquanto dormia em um abrigo de um ponto de ônibus em Brasília, após participar de manifestações do Dia do Índio. O crime foi praticado por 5 assassinos.

Galdino, estava em Brasília por ocasião das comemorações do Dia do Índio, em 1997, juntamente com outras sete lideranças indígenas, para levar suas reivindicações acerca da recuperação da Terra Indígena Caramuru-Paraguaçu, em conflito fundiário com fazendeiros. Participou de reuniões com o então presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso e com outras autoridades, juntamente com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Como chegou tarde das reuniões, não pôde entrar na pensão onde estava hospedado e resolveu dormir num abrigo de ponto de ônibus na Quadra 704 Sul.

Na madrugada de 20 de abril de 1997, cinco criminosos da alta classe de Brasília, Max Rogério Alves, Antonio Novely Vilanova, Tomás Oliveira de Almeida, Eron Chaves Oliveira e Gutemberg Nader Almeida Junior, que era menor de idade à época atearam fogo em Galdino enquanto ele dormia. Galdino morreu horas depois em consequência das queimaduras. O crime causou protestos em todo o país.

Em sua defesa, no julgamento realizado em 2001, os assassinos disseram que o objetivo era “dar um susto” em Galdino e fazer uma “brincadeira” para que ele se levantasse e corresse atrás deles. Alegaram, ainda, que chegaram a jogar fora na grama parte do álcool adquirido num posto de gasolina, por não ser necessária toda a quantidade comprada para dar o alegado “susto”. Um dos rapazes disse à imprensa que ele e seus amigos haviam achado que Galdino era um mendigo e que, por isso, haviam decidido perpetrar o ato.

Os quatro acusados maiores de idade foram condenados a catorze anos por homicídio qualificado. Ao rapaz menor de idade, foram aplicadas as sanções previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê internação máxima de três anos, a qual pode ou não ser substituída por prestação de serviços à comunidade, conforme a interpretação do juiz.

 

 

 

Ag.Brasil e Wikipedia

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