O presidente Michel Temer exonerou nesta sexta-feira (20/10) mais oito dos doze ministros que têm cargo de deputado. A intenção é garantir votos na segunda denúncia feita contra o peemedebista pela Procuradoria Geral da República (PGR). Sendo que a votação se aproxima com previsão para o próximo dia (25/10).
Com as exonerações desta sexta, totalizando 9 o número de ministros que estão fora de seus cargos para apoiar o presidente na votação da denúncia.
Foram exonerados os seguintes ministros nesta sexta:
Antônio Imbassahy – Secretaria de Governo
Bruno Cavalcanti de Araújo – Ministro das Cidades
Sarney Filho – Ministro do Meio Ambiente
Leonardo Picciani – Ministro do Esporte
Marx Beltrão – Ministro do Turismo
Maurício Quintella Lessa – Ministro dos Transportes
Mendonça Filho – Ministro da Educação
Ronaldo Nogueira – Ministro do Trabalho
A mesma estratégia foi usada quando a Câmara analisou a primeira denúncia contra Temer, por corrupção passiva.
O presidente já exonerou na quarta-feira (18) os ministros Fernando Bezerra Coelho Filho, de Minas e Energia e Raul Jungmann, da defesa. Ambos são do PSB. O objetivo era frustrar os planos de uma ala do PSB que planejava uma manobra para conseguir indicar opositores do presidente Michel Temer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e assim barrar um parecer contrário à denúncia da PGR contra o presidente, que acabou aprovado .
Jungmann, entretanto, foi nomeado novamente como ministro nesta sexta-feira (20/10).
Para o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), a exoneração dos ministros é uma “manobra clara” do Palácio do Planalto, que “interferiu dentro da bancada, no desejo de blindar Michel Temer tirando ministros para que possa alterar a votação de um parecer aqui na CCJ”.
Entre os argumentos que chegaram a membros da bancada do PSB para justificar as exonerações está a proximidade do fim do prazo para que deputados apresentem emendas ao orçamento – recursos que serão destinados a obras em seus estados.
Com informações do G1