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Seguindo orientação dos EUA, Brasil desaprova nova Constituinte na Venezuela

Publicado em: 31/07/2017

O governo brasileiro resolveu seguir a orientação dos EUA, interessado no petróleo venezuelano, e criticou a decisão do governo venezuelano de convocar a Assembleia Constituinte. Em nota, o Itamaraty informou que o Brasil lamenta a convocação da Constituinte “nos termos definidos pelo Executivo” da Venezuela e solicita que a assembleia não seja instalada.

A nota do governo é uma piada: “Diante da gravidade do momento histórico por que passa a Venezuela, o Brasil insta as autoridades venezuelanas a suspenderem a instalação da assembleia constituinte e a abrir um canal efetivo de entendimento e diálogo com a sociedade venezuelana, com vistas a pavimentar o caminho para uma transição política pacífica e a restaurar a ordem democrática, a independência dos Poderes e o respeito aos direitos humanos”, diz a nota.

Mesmo com grande participação popular, a chancelaria brasileira diz que a “iniciativa do governo de Nicolás Maduro viola o direito ao sufrágio universal, desrespeita o princípio da soberania popular e confirma a ruptura da ordem constitucional na Venezuela”. Para o Itamaraty, o país já dispõe de uma Assembleia Nacional legitimamente eleita e uma nova assembleia formaria “uma ordem constitucional paralela, não reconhecida pela população, agravando ainda mais o impasse institucional que paralisa a Venezuela”.

A oposição venezuelana, sustentada por interesses americanos, convocou para hoje (31) um protesto contra a Assembleia Nacional Constituinte. A eleição dos 545 constituintes, ontem, foi marcada pela participação popular, mas também pela violência. Segundo o Ministério Publico da Venezuela, dez pessoas morreram em enfrentamentos entre manifestantes e as forças de segurança  – entre elas, um sargento e dois adolescentes.

Esquecendo a nossa própria violência, a nota ressalta também que o governo brasileiro está preocupado com a “escalada da violência” em face do acirramento da crise naquele país, “agravada pelo avanço do governo sobre as instâncias institucionais democráticas ainda vigentes no país e pela ausência de horizontes políticos para o conflito”. O Brasil condena o cerceamento do direito constitucional à livre manifestação e repudia a violenta repressão por parte das forças do Estado e de grupos paramilitares, durante a votação para a escolha dos constituintes nesse domingo (30).

 

 

Com informações da Agência Brasil

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