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Desastre ambiental: Cerrado está sendo devastado mais rápido do que a Amazônia

Publicado em: 29/07/2017

Folha Conteúdo: Números divulgados na última semana pelo Ministério do Meio Ambiente revelam um panorama desfavorável para o segundo maior bioma brasileiro. O cerrado tem atualmente níveis preocupantes de desmatamento –9.483 km² anuais. Isso equivale a uma perda de quase 0,5% do total original do bioma ao ano.

Para comparação, a Amazônia, entre 2014 e 2016, teve uma média de desmatamento de 6.400 km² ao ano. O bioma, porém, tem mais do que o dobro de área do cerrado, fazendo que o ritmo de desmatamento fique na casa de 0,1% ao ano.

Trocando em miúdos, o ritmo de destruição do cerrado é cinco vezes mais rápido do que o da Amazônia. Os dados são do Programa de Controle e Prevenção do Desmatamento, do Ministério do Meio Ambiente.

Apesar dos números apresentados, a meta de redução do desmatamento do cerrado foi cumprida. A ideia era reduzi-lo em 40% –baseado na média 15.700 km² de desmatamento anual do bioma entre 1994 e 2008.

Segundo o Observatório do Clima, no entanto, a meta, calculada e proposta em 2009, foi praticamente cumprida “por coincidência” na sequência. Ao contabilizarem o desmatamento do mesmo ano de 2009, o valor já estava na casa dos 10.000 km² de perdas anuais, próximo da marca pré-estabelecida para 2020, de 9.421 km².

Essa taxa de desmatamento equivale a cerca de 1% do bioma de cerrado remanescente e é considerada alta por ambientalistas.

CAMPEÕES

Os municípios que mais destruíram o bioma com a ocupação humana estão na região conhecida como Mapitoba (que contém envolve áreas do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia).

O município com maior índice de antropismo (mudança do bioma por ação humana) no triênio 2013-2015 é São Desidério (Bahia), com 337 km². O pódio dos três mais é completado, nas sequência, por outros dois municípios Bahianos –Jaborandi e Formosa do Rio Preto.

Completam a lista dos dez maiores desmatadores de cerrado Uruçuí (PI), Balsas (MA), Grajaú (MA), Baixa Grande do Ribeiro (PI), Cocos (BA), Correntina (BA) e Peixe (TO), nessa ordem. Esses dez municípios respondem por 89% do antropismo do período, segundo o Ministério do Meio Ambiente.

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