A deputada Celina Leão (PDT) repudia a tentativa do Governo do Distrito Federal de aprovar um plano de reestruturação para a Policia Militar e Corpo de Bombeiros do DF, sem o devido debate com a categoria. O governo e os Oficiais querem apresentar a proposta ao vice-presidente da república, Michel Temer, na noite dessa terça-feira (9) no Clube dos Oficiais da PMDF, na ocasião querem assinar a minuta do projeto de reestruturação do plano de carreira dos Policiais e Bombeiros Militares e encaminhá-la à Casa Civil da Presidência da República.
“Vamos enviar um ofício ao vice-presidente Michel Temer comunicando que o plano aprovado pela comissão de Oficiais não tem o aval da categoria e não atende às necessidades da maioria, que está indignada com o descaso do governo. A aprovação do plano de carreira da maneira que está vai causar revolta na tropa e refletir diretamente na Segurança Pública do DF, é preciso ouvir os Praças”, considera a deputada.
O plano, que foi elaborado por uma comissão de Oficiais, segundo Celina Leão, traz um alto teor de coronelismo, além de não agregar à Segurança Pública. “A proposta do governo é um retrocesso, dentre outras coisas, implanta a tese do conceito moral para promoções, ou seja, só sobe de patente com a avaliação do superior e não por mérito, é a volta do apadrinhamento”, observa.
A reestruturação que o governo oferece tem uma alta rejeição pela maioria dos Policiais Militares, que é formada por Praças. “Os policiais esperam um projeto justo, que atenda ao interesse de todos, não esse, que traz de volta as mãos de ferro, um projeto que privilegia os Oficiais e esmaga os Praças, isso não podemos admitir”, garante Celina Leão.
O presidente da Câmara Legislativa, deputado Wasny de Roure (PT), informou que já enviou pedido ao governador Agnelo Queiroz para que a proposta de reformulação das carreiras seja discutida no Legislativo local. Wasny também informou que o GDF encaminhou ao governo federal a proposta de reajuste do Fundo Constitucional do DF para 2015.
O Fundo, segundo Wasny, terá um reajuste de 6%, passando de R$ 11,6 bilhões para R$ 12,4 bi. Deste montante, 51,7% serão destinados para a área de segurança, "permitindo ao governo realizar concurso público para contratação de PMs e Bombeiros".
