O superintendente de Polícia Judiciária da Secretaria de Segurança Pública de Goiás, Deusny Aparecido Silva (foto), declarou em coletiva nesta sexta-feira (8/8) que um investigado foi preso como suspeito de envolvimento em pelo menos dois “fatos” que podem estar relacionados à onda de assassinatos contra mulheres em Goiânia. Deusny não especificou que “fatos” seriam esses — que podem ser homicídios e/ou tentativas de homicídios, por exemplo.
O delegado não quis especificar quais os motivos que levaram à prisão do investigado, mas disse ter informações suficientes para acreditar em seu envolvimento. Ele também declarou que ainda não sabe as motivações do envolvimento do rapaz com os crimes e que o rapaz nega a autoria.
O homem preso tem diversas passagens pela polícia por roubo à mão armada, formação de quadrilha e outros. No momento de sua abordagem, na noite desta quinta (7/8), foram apreendidos uma moto preta e roupas da mesma cor, indumentária normalmente atribuída ao suposto serial killer que está atuando na cidade. Apesar disso, nenhuma arma foi localizada. “Temos algumas outras situações que nos levaram à concluir pelo pedido de prisão, mas não posso dizer o que é que encontramos na investigação que levou até ele”, afirmou o delegado.
Deusny declarou que outros mandados de prisão devem ser cumpridos nos próximos dias. O envolvimento do suspeito preso nos crimes recentes continuará sendo investigado.
Outra novidade na investigação foi a exclusão de um dos casos, diminuindo para 17 o número de vítimas. “Excluímos o fato porque descobrimos que este nem existiu. Gastamos tempo e dinheiro por conta do efeito das redes sociais, das boatarias e da paranoia instalada nas pessoas”, afirmou.
Homicídios
Recentemente o governo do Estado criou uma força-tarefa da Polícia Civil para investigar os crimes. Participam deste grupo 16 delegados, sendo nove da DIH, três que atuam em outras delegacias e outros três do interior.
Outra medida do governo foi reforçar o contingente da Polícia Militar (PM) com cerca de 600 policiais voluntários. Os policiais irão atuar nos setores Central, Jardim Novo Mundo, Jardim Guanabara, Pedro Ludovico, Finsocial, Norte Ferroviário, Real Conquista e Conjunto Tropical, considerados pela polícia como as mais violentas do capital.
A possibilidade de um criminoso do tipo estar solto pelas ruas da cidade foi parar nas redes sociais, o que gerou boatos, falsas denúncias e informações desencontradas. A família de uma das 13 vítimas está oferecendo recompensa para quem der o paradeiro do homicida.
Neste sábado (9), será realizada uma manifestação pedindo a resolução dos casos, que ganharam repercussão nacional nesta semana.
Por Thiago Burigato no Jornal Opção