O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) definiu, nesta terça-feira (11), uma série de equipamentos e medidas para proteger jornalistas durante a cobertura de eventos como protestos e outras manifestações populares.
A partir de agora, as empresas de comunicação do Distrito Federal devem obedecer a uma lista de critérios para garantir a segurança dos profissionais. A decisão do sindicado ocorre por causa da onda de violência enfrentada por profissionais da imprensa durante a cobertura dos protestos.
Os equipamentos exigidos são: capacete com proteção para nuca; máscara de gás; colete à prova de balas; óculos de proteção e joelheiras. Além disso, o colete e o capacete devem ter escrita a palavra jornalista e o grupo sanguíneo identificado. O profissional deve ter seguro de vida e acidentes. O repórter cinematográfico deve sair sempre acompanhando por um auxiliar. De acordo com as regras, o profissional terá o direito de recusar coberturas jornalísticas perigosas e deve ser oferecido curso para cobertura em áreas de risco.
As manifestações tendem a se tornarem mais intensas e violentas no decorrer de 2014, durante a realização da Copa do Mundo. Os protestos, que na maioria das vezes terminam em confusão são por melhorias na saúde, educação, segurança e outras reivindicações. Fotógrafos, cinegrafistas e repórteres são alvos de manifestantes e até mesmo de policiais.
A morte do repórter cinematográfico Santiago Ilídio Andrade, durante a manifestação no Rio de Janeiro, que ocorreu na última quinta-feira (6) reforçou a necessidade de aplicação de medidas preventivas. O SJPDF afirma que a utilização de material de segurança deve reduzir as agressões sofridas pelos profissionais.
A entidade enviou ofício às empresas de comunicação do DF, em que apresenta uma lista de equipamentos e medidas obrigatórios para a cobertura de manifestações e de outras situações que apresentem algum risco à integridade física do profissional.
De acordo com o diretor do SJPDF, Alan Marques, a empresa que não fornecer os itens mencionados será denunciada ao Ministério Público e ao Ministério do Trabalho e Emprego, por não garantir a segurança do empregado.