No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), bebês prematuros com menos de 37 semanas são colocados em minirredes de algodão adaptadas dentro das incubadoras e escutam músicas clássicas e instrumentais no projeto “Nana Neném e Musicoterapia” na UTI Neonatal.
Com uma equipe multidisciplinar formada por médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos e fonoaudiólogos, o projeto tem o objetivo de proporcionar mais tranquilidade e conforto ao recém-nascido. “Os bebês podem passar meses internados na UTI, e recursos como a rede de algodão e a música clássica instrumental contribuem positivamente na recuperação deles”, explicou o coordenador da UTI Neonatal, Wilian Barbosa ao R7.
Os bebês ficam em média de 30 a 60 minutos na rede, a depender da adaptação de cada um. Dessa forma, eles ficam mais tranquilos e não se estressam quando a equipe realiza procedimentos como coleta de sangue e medicação. A rede é confeccionada com as medidas necessárias para que fique segura e possa ser colocada dentro da incubadora. “Uma simples intervenção como o posicionamento adequado pode influenciar no desenvolvimento neuro-sensório-motor, sistema articular e músculo-esquelético do bebê”.
A terapia também contribui para a organização motora e cognitiva, ajuda na estimulação sensorial, favorece o sistema respiratório e auxilia na habilidade oral-motora.
Já a música diminui o estado de alerta, favorece a redução da frequência cardíaca e respiratória e estimula o sistema auditivo. A técnica é utilizada nos momentos em que as mães não podem estar com os bebês prematuros estáveis, chorosos e irritados.