Começaram nesta segunda (27) as obras de alargamento da rede pluvial do viaduto da QNN 5/7 de Ceilândia, no Distrito Federal, onde duas pessoas morreram afogadas em um prazo de três meses após alagamentos provocados pela chuva. Com custo estimado em R$ 1,7 milhão, o serviço deve ser concluído em até 70 dias. A região vai permanecer interditada durante o período.
Equipes da Companhia Urbanizadora de Brasília (Novacap) estiveram no local na sexta (24), fazendo o levantamento topográfico e finalizando o projeto. A previsão é de que haja troca da tubulação de 1,2 metro por uma de 1,5 metro, com extensão de um quilômetro, para permitir maior vazão da água das chuvas. A área recebe o escoamento proveniente de quatro ruas e os moradores afirmam que os bueiros construídos no local não são suficientes.
O secretário de Obras, Davi de Matos, afirmou que depois a morte da menina Geovana Moraes Oliveira, em outubro do ano passado, foram feitos a limpeza dos bueiros e um projeto para expansão da rede pluvial e a previsão era de que a construção tivesse início após o período de chuva. A morte do jovem Manoel Silva Júnior na última semana fez com que o governador Agnelo Queiroz determinasse o bloqueio do acesso ao viaduto.
Mortes – Na noite do dia 21 de janeiro deste ano, um jovem de 20 anos morreu afogado depois que o veículo onde ele estava foi tomado pelas águas da chuva. Manoel Silva Júnior estava em um carro com mais duas pessoas, que conseguiram nadar e se salvaram. Policiais militares tentaram reanimá-lo por quase 18 minutos, sem sucesso.
No dia 8 de outubro, a estudante Geovana Moraes Oliveira morreu depois que o ônibus escolar onde ela estava ficou preso em meio à água. Outras três crianças ficaram feridas. O veículo transportava de 20 a 25 crianças e apresentou um defeito mecânico.