Justiça do DF nega permissão para família enterrar ossada de Araújo

Publicado em: 23/12/2013

A Justiça do Distrito Federal negou o pedido dos familiares do auxiliar de serviços gerais Antônio Pereira de Araújo para retirar a ossada dele do Instituto de Medicina Legal (IML). A Vara da Registros Públicos determinou que a remoção dos ossos seja feita somente após a conclusão do laudo que vai apontar a causa da morte.

No início do mês, exame do IML revelou que uma ossada encontrada em novembro em Planaltina é do auxiliar. De acordo com o advogado Lairson Bueno, que representa os parentes de Antônio, a família vai esperar o laudo com a causa da morte. “A princípio [a família] ficou chateada com a situação, mas resignada. Concordaram que é melhor esperar esclarecer tudo de uma vez logo, e já enterrar de modo definitivo”, disse. Segundo Bueno, o resultado do exame deve demorar pelo menos duas semanas. Não há previsão para conclusão do inquérito.

Desaparecimento – O auxiliar desapareceu em maio, após ser detido por seis policiais militares. Segundo a investigação, ele foi levado até a 31ª DP, suspeito de ter entrado na chácara de um sargento da PM, e foi liberado após os policiais verificarem que ele não tinha passagem criminal. Ele deixou a delegacia na madrugada do dia 27 de maio e nunca mais foi visto. Apenas em 2 de dezembro o caso foi encaminhado da Divisão de Repressão a Sequestro (DRS) para a Coordenação de Crimes Contra a Vida (Corvida).

De acordo com depoimento dos policiais, investigados pela corregedoria da Polícia Militar, o auxiliar não aceitou carona após ser liberado da delegacia e saiu a pé, sozinho. O caso tem semelhanças com o do pedreiro Amarildo, que foi morto após ser detido por policiais no Rio de Janeiro, em julho.

Ossada – A polícia chegou até a ossada, que estava em uma área de cerrado no Setor Residencial Leste de Planaltina, por meio de uma denúncia anônima. Familiares de Araújo dizem que foram avisados da localização dos restos mortais e entraram em contato com a 31ª delegacia de polícia, responsável pela região, e com o Instituto Médico Legal.

Os familiares reconheceram as roupas encontradas junto com a ossada como sendo as que Antônio de Araújo usava no dia em que desapareceu.

Com informações do G1.

 

Artigos relacionados