Mais uma jovem acusa técnico de enfermagem do DF de abuso sexual

Publicado em: 22/11/2013

Um dia após a prisão de Vicente da Costa Amorim, técnico em enfermagem da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante, suspeito de abusar sexualmente de uma paciente, outra suposta vítima procurou a polícia para dizer que também foi tocada nas partes íntimas enquanto se submetia à aplicação de injeção.

Segundo a polícia, uma jovem de 19 anos disse que foi até à unidade no último dia 13 de agosto e também estranhou o comportamento do suspeito, mas não fez a denúncia antes por temer acusar injustamente um profissional que poderia estar cumprindo um procedimento padrão, mas mudou de ideia depois de saber da prisão do servidor e de ver semelhança entre os casos.

 

No depoimento prestado nesta quarta (20), a suposta vítima afirmou que foi massageada nas nádegas e tocada nas partes íntimas. Ela disse que comentou o caso com uma amiga, que também prestou depoimento na 29ª DP, no Riacho Fundo.

A delegada da 27ª DP Alessandra Lacerda Figueiredo, onde funciona a Central de Flagrantes da região, afirmou que o suspeito foi indiciado pela segunda vez por violação sexual mediante fraude.

 

Técnico – O técnico em enfermagem permanecia preso nesta quinta (21). Na terça (19), dia da prisão, ele negou ter cometido abuso contra a paciente, uma estudante de 22 anos que mora no Recanto das Emas procurou a UPA na última segunda (18) se queixando de gripe. O suspeito disse que pelo tipo de medicação prescrita a paciente teve que ser levada até uma sala reservada. Ela desconfiou do comportamento do técnico de enfermagem durante a aplicação de uma injeção e foi até a 11ª DP, no Núcleo Bandeirante, onde registrou a ocorrência.

 

Amorim relatou: “Eu convido todos os pacientes a deitar [na maca]. Alguns recusam. É um direito do paciente, assim eu faço. Ela concordou e deitou. Existem duas possibilidades, a paciente ela própria desce sua roupa a uma certa altura para poder fazer a medicação. Ou quando isso não acontece, eu mesmo faço. Desci até a parte mediana, na região do glúteo”.

 

O técnico de enfermagem afirma que precisou de duas aplicações para concluir o procedimento. Ele disse que pressionou o local onde foi aplicada a injeção com um pedaço de algodão após ministrar o medicamento. “O que eu posso imaginar que tenha acontecido foi que, ao subir a roupa íntima, no caso a calcinha dela, a calcinha passou entre as partes íntimas dela. Se foi isso, eu não sei. Ela não relatou nada para mim. A única coisa que eu acho que pode ter acontecido foi isso”, afirma.

 

Amorim disse que trabalha como técnico de enfermagem há oito anos e que estava na UPA do Riacho Fundo desde 25 de setembro de 2011. A 27ª DP informou que ele não tem passagens pela polícia. A Secretaria de Saúde informou que vai investigar o caso.

 

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