GDF demite coronel responsável por suspender convênios médicos de PM

Publicado em: 28/11/2013

O diretor do departamento de saúde da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Sérgio Luiz de Souza Cordeiro teve a exoneração publicada nesta quinta (28), após ter sido afastado a pedido do governador Agnelo Queiroz, por conta da suspensão dos convênios de saúde dos policiais militares.

 

No fim da noite de terça (26), o comando da PM divulgou uma nota oficial informando que a suspensão havia sido cancelada e que os convênios deveriam ser retomados. Na quarta (27), no entanto, os convênios continuavam suspensos. O comando da Polícia Militar atribuiu a demora à retomada dos serviços à burocracia e informou que o atendimento deve voltar ao normal na próxima segunda (02).

 

Segundo Agnelo, a suspensão do serviço foi uma atitude “criminosa” e uma “sabotagem”. “Isso foi uma ordem unilateral da PM, de um coronel responsável por essa área de saúde. Então é sem motivo, o que caracteriza uma sabotagem. Só que essa sabotagem pôs em risco a vida da família do policial militar, dos militares e de suas famílias. [Está] claríssimo que é uma sabotagem, provavelmente para tentar desgastar o governo ou jogar [com] a categoria policial militar”, afirmou o governador.

 

Suspensão – A decisão de suspender os convênios de saúde dos policiais militares foi anunciada na terça (26) pelo Departamento de Saúde da PM, que alegou falta de verba. O documento que oficializa a suspensão informa que a PM não autorizava nenhum tipo de procedimento médico hospitalar, inclusive de urgência e emergência. O ofício dizia ainda que a interrupção dos atendimentos ia até o dia 31 de dezembro e sugeria que os policiais militares procurassem a rede pública do DF.

 

Associações da categoria disseram que a suspensão dos convênios foi uma retaliação à “operação tartaruga” dos policiais, que teve início no dia 13 de outubro para pedir reestruturação da carreira. Segundo a Associação dos PMs, o fundo de saúde da corporação no DF tem 95 mil beneficiários, entre policiais, pensionistas e familiares. Por mês, cada policial repassa 1% do salário para o fundo para ter assistência médica.

 

Agnelo afirmou ainda que não falta recurso no orçamento para custear os planos de saúde dos PMs e disse que vai investigar os empenhos feitos com o dinheiro do fundo de saúde para ver se foram destinadas a outras finalidades.

 

Com informações do G1.

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