O ex-administrador de Águas Claras, no Distrito Federal, Carlos Sidney de Oliveira, acusado de cobrar propina de empresários para liberar alvarás de construção recebeu o benefício de cumprir prisão temporária em regime domiciliar na manhã deste sábado (09). Como não foi localizado pela Polícia Civil do DF no endereço onde deveria estar, ele é considerado pela polícia como foragido.
O diretor-geral da Polícia Civil do DF disse que a Divisão de Operações Especiais (DOE) ficou sabendo da determinação somente no fim do dia e que quando os agentes foram à casa do ex-administrador não o encontraram. Até o momento, ainda não se sabe o paradeiro de Oliveira. “Essa decisão deveria ter sido comunicada para a Polícia Civil e não foi. Agora, ele está em local desconhecido e quando for encontrado vai perder o benefício de prisão domiciliar, que é bem diferente de liberdade”, disse.
A Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco), que coordena a operação, já pediu a revogação da prisão domiciliar por entender que a medida não atende as investigações. A prisão temporária do ex-administrador de Taguatinga, Carlos Jales, também investigado no esquema, deve ser prorrogado por precaução.
Oliveira – Segundo a polícia, o ex-administrador de Águas Claras estava internado no Hospital de Base devido a uma crise de pressão alta que sofreu no momento em que era levado para o presídio, na última quinta (07), quando a Operação Átrio foi deflagrada.
Ele foi o primeiro investigado a ser preso e na casa dele foram encontrados R$ 50 mil em espécie. Embora a polícia ainda não saiba a origem dos recursos, o dinheiro foi apreendido para ser periciado. Como é advogado, Oliveira tem direito de ficar detido em uma cela especial, mas conseguiu na Justiça a prisão domiciliar logo após receber alta hospitalar.
A operação é coordenada pela Deco em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e vários empresários, incluindo o ex-vice governador do Distrito Federal, Paulo Octávio, que já prestou depoimento, estiveram na delegacia de forma coercitiva.
Com informações do R7.