Nesta quinta-feira, 24, ativistas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) farão uma manifestação às 16h em frente à Catedral de Brasília contra o projeto de lei aprovado no último dia 16, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara Federal, em sessão presidida pelo pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que livra templos e igrejas de serem enquadrados no crime de discriminação se vetarem a presença de “cidadãos que violem seus valores, doutrinas, crenças e liturgias”.
O autor do projeto, o deputado Washington Reis (PMDB-RJ) propõe alterar uma lei de 1989 que define como crime praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. O texto segue para votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Se sancionado, o projeto relatado por Jair Bolsonaro (PP-RJ) e aprovado na comissão comandada pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP), pode evitar que os religiosos sejam criminalizados caso se recusem a realizar casamentos homossexuais, batizados ou outras cerimônias de filhos de casais gays ou mesmo aceitar a presença dessas pessoas em templos religiosos. Atualmente, a norma estabelece prisão de um a três anos para situações de discriminação.
Crime – No último domingo (20) em Planaltina de Goiás, região do Entorno do Distrito Federal, Wesley Chinayder foi executado com um tiro na testa, na praça central da cidade. Segundo a polícia, o jovem morava em Santa Maria e tinha ido participar da Parada do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Travestis (LGBT) e estava com outros dois amigos quando reagiu a um assalto.
Para os amigos, houve homofobia. “Aproveitaram do evento para assaltar as pessoas só porque somos gays”, disse Lucas Felipe, amigo da vítima. O bandido ainda está foragido. O Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) de Planaltina investiga o caso.
Com informações do Gay1.