Às vésperas das comemorações do 7 de setembro e do tradicional Grito dos Excluídos, movimentos sociais populares queimaram pneus e bloquearam quatro das principais vias de acesso ao Plano Piloto nesta sexta (6), no Distrito Federal. Pelo menos oito pessoas foram presas e três ficaram feridas. Com a chegada do Batalhão de Choque da Polícia Militar houve confusão. Um sargento chegou a bater boca com os manifestantes e a polícia usou spray de pimenta.
Os protestos ocorreram na BR-020, próximo a Planaltina e Sobradinho; na via Estrutural, na altura do Posto Policial; na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), na entrada para a Estrada Parque Vicente Pires (EPVP); e na rodovia de Brazlândia, com atos articulados entre si e com pautas específicas, como transporte e moradia.
Rivindicações – Os manifestantes reivindicam, ainda uma auditoria completa e com participação popular na Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), fim da Agência de Fiscalização (Agefis) e sua política de repressão, desmilitarização da Polícia Militar e são contra a criação do aterro sanitário de Samambaia.
No DF, 300 mil famílias estão na lista de espera do Programa Morar Bem e os movimentos reclamam que a Terracap segue abrindo leilões com 700 lotes vendidos para especulação imobiliária, sendo áreas destinadas à construção de prédios de grande porte em nome do desenvolvimento regional, enquanto famílias seguem sem habitação digna e de qualidade. “Vivemos sob precário sistema de transporte, saúde e educação, mas o governo prioriza os megaeventos, como a Copa do Mundo”, afirmam representantes do movimento.
Participaram do protesto o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), OCUP-DF, Movimento Honestinas, Brasil e Desenvolvimento, Movimento Contra o Aterro Sanitário de Samambaia e Assembleia dos Povos. De acordo com os movimentos, o número de manifestantes chegou perto de mil. Já a Polícia Militar contabilizou 600 manifestantes, segundo a comunicação do órgão.
Com informações do Brasil de Fato e do G1.