Após oito meses de desaparecimento do estudante brasiliense Artur Paschoali, de 20 anos, que foi visto pela última vez no Peru em 21 de dezembro do ano passado, o administrador Wanderlan Viera e a arquiteta Susana Pachoali, pais do jovem, que acreditam que ele esteja vivo e em situação de cárcere, escravizado pelo narcotráfico, pedem respostas e auxílio às autoridades.
Wanderlan percorreu 182 cidades peruanas, próximas a Machu Picchu, região onde o rapaz foi visto pela última vez há quase oito meses e reuniu informações que o fazem acreditar que o filho tenha sido vítima de um esquema criminoso. Ele denunciou suspeitos do desaparecimento à Fiscalía, órgão peruano correspondente ao Ministério Público no Brasil, mas ainda não obteve nenhuma resposta das autoridades peruanas.
O administrador planeja entregar nos próximos dias um documento ao Ministério das Relações Exteriores, pedindo providências a respeito da investigação do desaparecimento de Artur Paschoali. “Nós denunciamos pelo menos quatro pessoas que acreditamos estar envolvidos no desaparecimento do Artur. No entanto, não tivemos informações do avanço dessa denúncia ou qualquer investigação nesse sentido”, disse.
Narcotráfico – Segundo Wanderlan, em conversa com um trabalhador local, ele ouviu que o filho pude ter sido vítima do narcotráfico. “Me disseram que o Artur seria muito útil para os traficantes porque ele fala inglês fluentemente, além do português e do espanhol. Soube de outros casos de desaparecimento de turistas na região. Muitos deles, vítimas dos traficantes”, relatou.
Ele diz que o que o faz acreditar que o filho esteja vivo e nas mãos de traficantes, foi uma conversa entre um homem que acompanhava as buscas e o dono de um hotel por onde Arthur teria passado. Em conversa telefônica com o dono do hotel ele ouviu o homem dizer: “Fala com o Kique para tirar o Artur de lá.” Wanderlan denunciou o homem para a polícia local, mas ainda não recebeu retorno também neste caso.
Com informações do R7.