CLDF adianta caso Raad e adia decisão sobre acusados na Caixa de Pandora

Publicado em: 07/08/2013

A Comissão de Direitos Humanos, Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa do Distrito Federal ouviu na tarde desta quarta (07) testemunhas do processo disciplinar contra o deputado distrital Radd Massouth (PPL). Já Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP) e Rôney Nemer (PMDB) ganharam prazo até do dia 15.

 

Temendo manifestações, conforme estava agendado via redes sociais, o presidente da Casa, Wasny de Roure (PT), mandou reforçar a segurança em torno do prédio da Casa, atitude repudiada pelo movimento “Adote Um Distrital”, que organizou o protesto. Nesta terça (06) o Corregedor Patrício (PT) disse que a suposta confecção de dossiês para pressioná-lo não iria fazê-lo ceder. 

 

Caso Raad – No caso Raad, prestou esclarecimentos o delegado Henry Peres, que na época das investigações contra o parlamentar era delegado-adjunto da Divisão Especial de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap). O delegado afirmou que houve pagamento para a empresa contratada entre 29 e 30 de setembro de 2010, porém a festa não foi realizada e que, dos R$ 10 mil da emenda de autoria de Raad, somente R$30 mil foram para as bandas que tocaram no evento e o restante foi repartido entre os investigados.

 

Já Maria Inês Viana, proprietária da Ruraltur, e Carlos Henrique Pereira Neves, que na época estava à frente da administração de Sobradinho, preferiram manter silêncio. De acordo com o deputado Joe Valle (PSB), relator do processo, na próxima semana serão ouvidas novas testemunhas do caso. A expectativa dele é concluir o relatório até o dia 21 de agosto. “Se as testemunhas não apresentarem novos fatos, a data de conclusão será mantida”, garantiu.

 

Pandora – Em reunião da Mesa Diretora, no gabinete da presidência da Casa, Domingos abriu mão da primeira suplência da Terceira Secretaria. Além disso, os distritais acataram requerimentos apresentados no começo da tarde de hoje pelos deputados denunciados e adiaram a decisão sobre o processo contra os três, que são acusados no esquema Caixa de Pandora.

 

Com isso, a discussão da proposta de abertura de processo disciplinar só ocorre depois que a Procuradoria Geral da CLDF analisar os pedidos e emitir novo parecer. Segundo Wasny, os distritais solicitam que a Mesa acolha o pedido de arquivamento das denúncias aprovado pela Comissão de Ética da Casa, em novembro de 2010, que na época foram arquivadas sob a justificativa de falta de tempo para análise dos casos e porque ainda não havia indiciamento da polícia contra os deputados. “Nosso papel é o da análise da admissibilidade e devemos respeitar o amplo direito de defesa dos deputados”, disse.

 

Com informações da CLDF e do GuardianDF.

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