Chefe de Patrimônio da União no DF é exonerada após suspeita de fraude

Publicado em: 30/07/2013

O Ministério do Planejamento exonerou do cargo, na noite desta segunda (29), a superintendente da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e ex-deputada distrital, Lúcia Helena Carvalho, acusada de fraude em demarcações de terrenos na região de Vicente Pires, no Distrito Federal. O substituto da superintendente e mais cinco pessoas também deixaram os cargos que ocupavam. A Polícia Federal indiciou Lúcia e mais seis pessoas por cinco crimes, entre eles, fraude processual, falsidade documental e formação de quadrilha. 

A investigação aponta que em 2008, durante a gestão de Lúcia Carvalho, a Secretaria de Patrimônio da União concluiu que 344 hectares de uma área em Vicente Pires deveriam ser repassados a posseiros. A PF afirma que o laudo de medição do terreno foi feito por engenheiros contratados por grileiros, e não por técnicos da secretaria de patrimônio.

 

Segundo o advogado de Lúcia, Pedro Ivo Velloso, não houve irregularidades e a cliente tinha o aval da SPU. “A atuação da Superintendência de Patrimônio da União nesse caso foi absolutamente regular. Ela seguiu orientação técnica muito rigorosa e seguiu orientação da AGU. Esse relato da Polícia Federal é absolutamente infundado. Na verdade, a SPU atuou de forma técnica e possui absoluta confiança no trabalho que foi realizado”, afirmou.

 

Hoje a área da União, estimada em R$ 300 milhões, está cercada e exibe uma placa com a inscrição "propriedade particular". Uma empresa de segurança monitora o espaço. Há uma torre de observação, alojamento e gerador de energia. A PF estima que os projetos imobiliários que seriam construídos poderiam valer até um R$ 1 bilhão.

 

Com informações do G1.

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