Secretaria de Saúde do DF descarta H1N1 como causa da morte de taxista

Publicado em: 02/06/2013

A Secretaria de Saúde descartou a hipótese de morte por gripe H1N1, a gripe A, em taxista morto na madrugada da quarta (29), no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Segundo um laudo prévio, divulgado na sexta (31), a morte de José Valnez Martins de Maciel, aconteceu em decorrência de uma infecção generalizada causada pela bactéria stafilococos. O laudo final da morte será liberado em 15 dias. 

De acordo com a secretaria, o homem tinha sintomas de gripe forte quando buscou atendimento no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) no último dia 19 de maio. Ficou uma semana internado, deixou o centro médico mas voltou a se sentir mal dois dias depois. O taxista seguiu então para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde morreu. “O paciente foi liberado por apresentar uma melhora significativa no seu quadro clínico e laboratorial, por isso, tinha condição de receber alta”, conta o diretor do hospital, Valdir Nunes. 

Segundo o subsecretário de saúde, Roberto Bittencourt, a secretaria fará uma investigação rotineira para avaliar o caso, no entanto, nenhuma sindicância deve ser feita. “É importante deixar claro que não houve negligência tanto no Hran quanto no HRT. É um caso que foi tratado dentro da clínica, que ele tomou antibiótico no Hran e depois foi para o HRT em condições graves e foi atendido de forma bastante precisa pela equipe do HRT. Então nós estamos diante de um quadro bem preciso em que a conduta foi adequada”, afirmou. 

Família contesta – A família do paciente contesta que tenha havido melhora e diz que ele saiu do Hran com quadro pior do que quando deu entrada e tinha muita febre quando recebeu alta. Ainda segundo os familiares, José Valnez ficou internado no corredor, ao lado do banheiro, e deveria tomar o medicamento sozinho. O diretor do hospital disse que vai apurar a denúncia e reconheceu que o Hran está cheio. 

Segundo os familiares, um dia depois da alta, quando o taxista foi para o HRT com infecção grave, o corpo médico do hospital aplicou o Tamiflu, com suspeitava que o paciente pudesse vir a ter a gripe H1N1. “Aplicamos o medicamento diante do quadro crítico, mas o caso do paciente no HRT era de infecção”, conta o diretor do HRT, Otávio Rodrigues. Segundo ele, foi feito todos os procedimentos necessários para salvar a vida do taxista, mas duas horas após a entrada dele no hospital, ele foi entubado e veio a óbito devido ao avanço da infecção. “A possibilidade de H1N1 é próxima de zero”, garante o diretor, que não acredita que o agravamento do paciente se dá pela alta concedida no Hran.

 

A Saúde do DF ainda aguarda o resultado de um exame, que deve sair em 30 dias, para saber se o paciente também teve a gripe A. Bittencourt, disse que uma comissão do hospital vai avaliar o caso, dentro de um procedimento de rotina do centro médico. A família disse que pretende processar o hospital e o Estado por negligência médica.

 

Com informações da Agência Brasília e do G1.

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