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Acusados do caso Villela vão a júri popular

Publicado em: 27/05/2013

O Tribunal do Júri de Brasília anunciou nesta segunda (27) que os envolvidos no processo que apura o triplo homicídio na 113 Sul serão levados a júri popular. A principal suspeita de assassinar o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, de sua esposa Maria Carvalho Mendes Villela e da empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva, em agosto de 2009 é Adriana Villela, filha do casal. Os três foram mortos a facadas.  

Cabe recurso à decisão e o advogado de Adriana, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay já disse que pretende recorrer. Ele disse que a defesa esperava por essa decisão, já que o juiz responsável pela sentença foi o mesmo que sentenciou, em duas ocasiões, a prisão de Adriana.

 

Além de Adriana, são acusados Leonardo Campos Alves, Paulo Cardoso Santana e Francisco Mairlon Barros Aguiar. Todos devem responder por homicídio qualificado por motivo torpe, utilizando meio cruel e praticado mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas (duas vezes), homicídio qualificado por meio cruel, praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e para ocultar outro crime, e também por furto qualificado praticado em concurso de pessoas.

 

Porteiro – Neste mês, o juiz Fábio Esteves, ouviu em audiência, pela segunda vez, o ex-porteiro do bloco onde ocorreu o crime, Leonardo Campos Alves, que negou participação no crime e afirmou que confessou ter participação no crime em outro depoimento porque foi torturado. O ex-porteiro disse que só conhecia Adriana Villela de vista. A defesa da filha do casal Villela pediu que as investigações do caso sejam retomadas. A Justiça ouviu até agora 40  testemunhas e interrogou os quatro réus do processo.

 

De acordo com a defesa do ex-porteiro, houve falhas na investigação do crime desde o início da apuração. O defensor público, André Praxedes, disse que vai trabalhar pela absolvição do cliente.

 

O crime – O ex-ministro José Guilherme Villela, de 73 anos, conhecido por atuar como advogado do ex-presidente Fernando Collor no processo de impeachment, a mulher dele, Maria Villela, de 69 anos, e a empregada da família foram assassinados com 78 facadas. O triplo homicídio ficou conhecido como o crime da 113 Sul, chamou a atenção pelos personagens e pelos erros da investigação.

 

O casal e a empregada foram mortos no dia 28 de agosto de 2009 no apartamento em que viviam, um imóvel de 500 metros quadrados em área nobre de Brasília, em prédio protegido por câmeras e seguranças. Mas os corpos só foram encontrados três dias depois, pela neta do ex-ministro. Foram roubados dólares e joias, valores insignificantes se comparados aos bens da família.

 

Investigações – Desde o início, os atropelos se sucederam nas investigações, que começaram na 1ª Delegacia de Polícia. As prisões de três suspeitos foram relaxadas por falta de provas. Em dezembro, a Promotoria pediu a transferência da investigação para a Coordenação de Investigação de Crimes contra a Vida (Corvida) e a delegada até então titular do inquérito, Martha Vargas, foi afastada do caso e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ofereceu denúncia contra ela, acusando a delegada de ter plantado provas durante as investigações do crime.

 

Durante as investigações, o imóvel dos Villela foi periciado várias vezes e foram ouvidas mais de cem pessoas. Em abril deste ano um exame do Instituto de Criminalística da Policia Civil comprovou que a chave apreendida com um dos suspeitos é a mesma recolhida pela polícia no apartamento do casal, o que levantou suspeitas de que a chave havia sido “plantada” no local.

 

As suspeitas recaíram então sobre a filha do casal, a arquiteta Adriana Villela, que teria um relacionamento difícil com os pais. Adriana e outros quatro suspeitos foram presos em 17 de agosto de 2010, acusados de atrapalhar as investigações do triplo homicídio. Adriana passou a ser a principal suspeita de ser a mandante do crime, depois que as investigações apontaram uma impressão da palma da mão de Adriana encontrada em um armário da casa.

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