TCDFT mantém contrato do GDF com Jurong para planejar Brasília

Publicado em: 16/11/2012

O Tribunal de Contas do Distrito Federal e Territórios (TCDFT) avaliou que não há motivos para suspender o contrato feito entre a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e a Jurong Consultants, para fazer o planejamento estratégico do Distrito Federal para os próximos 50 anos – o projeto Brasília 2060. 

Por um placar de 3 votos a 1, fica mantido o contrato, questionado pelos senadores Cristovam Buarque (PDT) e Rodrigo Rollemberg (PSB), que encaminharam um ofício no dia 30 de outubro, provocando o TCDFT a investigar o caso. Na mesma época, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) informou que está preparando um ofício de pedido de explicações sobre o contrato para o governador Agnelo Queiroz e, a partir da resposta, decidirá se abrirá um inquérito sobre o caso.

 

Os senadores alegaram que o contrato, de quase U$ 4,25 milhões, o equivalente a cerca R$ 8,6 milhões, foi firmado sem licitação o termo de referência da contratação foi feito pela empresa Jurong e não pelo GDF, além de o projeto preliminar não mencionar o fato de Brasília ser Patrimônio Cultural da Humanidade. Segundo a decisão, a Jurong Consultants faz parte da estrutura de Estado do governo de Cingapura e o contrato com o GDF está amparado legalmente e não foi preciso fazer licitação, dado o caráter estatal da empresa.

 

Jurong – Segundo o GDF, a empresa Jurong Consultantes foi escolhida e contratada sem licitação, pela expertise e notória especialização no trabalho de planejamento estratégico que desenvolve voltado ao desenvolvimento econômico. De acordo com informações publicadas pela Agência Brasília, detém no portifólio mais de 1,7 mil projetos semelhantes e bem sucedidos pelo mundo, muitos deles na China. No Brasil, a empresa planejou o corredor entre Belo Horizonte e o aeroporto de Confins (MG).

 

No caso do DF, o projeto integrará quatro grandes eixos: cidade-aeroportuária, inicialmente programada para ser instalada nas proximidades de Planaltina; polo logístico, entre Samambaia e Recanto das Emas; centro financeiro internacional, próximo a São Sebastião; e ampliação do Polo JK, em Santa Maria, saída para Luziânia (GO). 

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