Desde a última quarta (10) catadores do lixão da Cidade Estrutural impedem a entrada de caminhões para despejar resíduos no local, em protesto contra a intenção do governo do Distrito Federal em firmar uma Parceria Público-Privada (PPP), para gerir o Sistemas de Coleta, Tratamento e Destinação Final dos Resíduos Sólidos gerados no DF. Os catadores protestam porque, se a parceria for efetivada, eles não terão mais como trabalhar.
Segundo a presidente de uma das cooperativas de catadores, Maria Conceição Nascimento Brito o acesso vai permanecer fechado, ao menos até que o GDF decida enviar representantes para dialogar. Com a interdição, o lixo produzido no DF está sendo levado para as áreas de transbordo e usinas. Na semana passada, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) afirmou que essas áreas não teriam capacidade para receber os resíduos caso a interdição se prolongasse até esta segunda (15), porém apesar de afirmar que vai recuar, o GDF não conversou com os catadores.
Recuo – Nesta segunda (15) o GDF assinalou um recuo e não deve mais tirar as atribuições do SLU e repassá-las à Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). A notícia foi dada no auditório da Câmara Legislativa, na audiência pública sobre a Estruturação da Carreira dos Servidores do SLU.
Na audiência, a líder do PSD na Casa, a deputada Eliana Pedrosa (PSD) lembrou a existência da Lei 4.518/2010, que fala sobre finalidade, competências e reestruturação administrativa do SLU. “Não há outra possibilidade de mudanças sem que seja enviado um novo Projeto de Lei para a Câmara Legislativa. E aqui na Casa vamos debater e fazer o que for melhor para os funcionários do SLU”, afirmou Eliana e a líder do governo na Câmara, deputada Arlete Sampaio (PT), informou que o governo desistiu da ideia de tirar atribuições do SLU.