O Ministério da Justiça (MJ) informou que os agentes da Força Nacional de Segurança vão começar a atuar no combate à criminalidade no Distrito Federal a partir desta terça (11), após ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo assinar a portaria autorizando o início dos trabalhos, nesta segunda (11). A pasta não confirmou o número de agentes que serão deslocados para Brasília. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do DF, 133 homens devem atuar nas cidades do entorno, incluindo agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Segundo informações do Ministério da Justiça, como o quartel da Força Nacional está instalado em Luziânia no estado de Goiás, os agentes poderão ser deslocados a tempo de começar os trabalhos nesta terça (11), para a primeira vez que homens da Força Nacional vão atuar no DF. O apoio dos militares foi anunciado no fim de agosto e o reforço deve atuar no controle de veículos em barreiras que serão montadas nas 39 saídas do DF para as cidades do Entorno.
O secretário de Segurança, Sandro Avelar, afirmou que o trabalho será pontual e se concentrará em impedir a entrada de drogas, especialmente pasta-base para a produção de cocaína, e a saída de carros roubados. A atuação da Força Nacional está prevista para durar três meses, mas pode haver prorrogação.
Migração – De acordo com a secretária nacional de segurança pública, Regina Miki, os agentes da Força Nacional de Segurança vão combater a migração de crimes entre o Distrito Federal e as cidades do Entorno. “Há uma migração de um crime de um lado para o outro. O estado de Goiás não tem efetivo suficiente hoje, isso já foi declarado pelo secretário João Furtado (…) Nós estamos com vistas nas pessoas que moram e trabalham no Entorno porque nós não queremos fazer ilha de excelência. O que nós buscamos é o combate ao crime no geral, não seria nem justo com quem mora no Entorno ou quem trabalha no Entorno que fizéssemos uma barreira para que [o crime] não passasse para o lado de cá”, disse Miki.
Já o comandante-geral da Polícia Militar do DF, coronel Suamy Santana parece discordar da atuação da Força Nacional e afirmou em agosto que o apoio no DF será importante, mas “ínfimo” diante da realidade da segurança pública local. “Se vier um, se vierem dois, está bom, se a comunidade ajudar, está bom […]Considerando a escala 12/48 [12 horas de trabalho, 48 de folga], serão 20 homens a mais por dia em atuação por dia. É um apoio importante, mas é ínfimo dentro da realidade da segurança pública”, disse Santana.