O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, publicou, no Diário Oficial do DF, um despacho inocentando o ex-secretário e chefe de gabinete, Claudio Monteiro, que foi apontado de envolvimento com o grupo ligado ao contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ele assumirá como secretário extraordinário da Copa do Mundo de 2014, segundo o porta-voz do governador, Ugo Braga.
Despacho assinado por Agnelo e publicado na edição desta sexta do Diário Oficial diz que “restou concluída a ausência de qualquer deslize ou conduta administrativamente irregular atribuível ao senhor Francisco Cláudio Monteiro.” Agora Monteiro vai cuidar da coordenação das obras de infraestrutura para o torneio esportivo e também monitorar as obras do Estádio Nacional de Brasília, já que o processo administrativo aberto para investigar as ligações entre Monteiro e Carlos Cachoeira foi arquivado por falta de provas, após diligências e produção de provas documentais e testemunhais, que concluem “a ausência de qualquer deslize ou conduta administrativamente irregular” atribuída a Monteiro no GDF.
Gravações feitas pela Polícia Federal mostram uma ligação entre Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta Construtora e Idalberto Mathias, o Dadá, apontado como araponga do grupo do contraventor e em uma conversa, os dois citam os nomes de Monteiro e de uma pessoa conhecida como Marcelão. As investigações identificaram Marcelão como o ex-assessor da Casa Militar Marcello de Oliveira Lopes.
Monteiro esteve na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira e disse em seu depoimento ser amigo de Marcelão, negou conhecer João Monteiro e ter influenciado sua nomeação no Serviço de Limpeza Urbana (SLU). O ex-chefe de gabinete de Agnelo também negou ter tratado na reunião sobre a concessão nos serviços de bilhetagem eletrônica para o transporte público da capital, área que, segundo as investigações, era de interesse do grupo de Cachoeira.