Audiência Pública discute segurança em Ceilândia

Publicado em: 09/08/2012

Uma audiência pública discutiu a segurança em Ceilândia, no Condomínio Privê, nesta terça (07). A audiência de iniciativa do deputado distrital  Chico Vigilante (PT) contou com a presença de representantes da segurança pública do Estado em todas as instâncias: o comandante-geral da Polícia Militar do DF, Suamyr Santana, o tenente coronel Madureira, responsável pelo 8º Batalhão da PM, na Ceilândia, Adival Barbosa, delegado regional da Ceilândia e o delegado chefe da 24º DP Marcelo, além de lideranças comunitárias.

Para Chico Vigilante, a reunião possibilitou um intercâmbio de ideias para a segurança pública, entre a polícia e a comunidade visando à prevenção e o combate a criminalidade na Ceilândia. “É assim que vamos vencer a violência no nosso bairro, na nossa cidade e no nosso país”, afirmou o deputado.     

Demandas – As demandas apresentadas pelos moradores foram semelhantes às de todas as outras localidades: presença ostensiva da polícia nas ruas, combate à proliferação das drogas e a violência doméstica. Uma moradora comentou que as mulheres do condomínio Privê não puderam comemorar os seis anos da entrada em vigor da Lei Maria da Penha. “O que mais existe aqui no Privê são mulheres que apanham”, disse opinando que esse tipo de situação poderia ser evitada, através da presença da polícia nas ruas.

Adival Barbosa apelou à comunidade para denunciar crimes, suspeitas de crimes, de pontos de drogas, esconderijos de fugitivos da polícia. “A nossa obrigação é trabalhar, mas se pudermos contar com a parceria de vocês os resultados serão muito mais rápidos”, disse afirmando ainda que a denúncia anônima é um dos principais instrumentos de trabalho da polícia.

Dificuldades – O comandante falou ainda das dificuldades na polícia. “Realmente temos problemas com efetivo. Uma média de 300 companheiros entra para a reserva por ano”. Suamy comentou ainda sobre os que sofrem de problemas por conta do serviço, como casos de suicídio, alcoolismo, drogas, depressão por conta do serviço pesado. A prioridade para os novos policiais que devem entrar na corporação em janeiro 2014 serão as áreas com maior incidência de criminalidade.

Soluções – Suamyr enfatizou que o trabalho em parceria com a comunidade é a melhor maneira de se alcançar resultados positivos.  “Eu entendo que segurança pública se faz desta forma. Não tem como fazer prevenção separando a polícia da comunidade”, argumentou. O comandante geral da PMDF respondeu a cada uma das colocações feitas pelos moradores e informou da assinatura de 17 contratos de manutenção que estavam vencidos e que 52% da frota estava parada por conta disso.

Santana informou ainda que em 2014, mil novos policiais integrarão a PM e que os postos de segurança comunitária em breve serão ocupados por vigilantes para que os policiais que hoje ocupam esses postos voltem às ruas e ressaltou a retomada da obra de construção de um segundo batalhão na Ceilândia Norte. “Em no máximo dois meses, os carros estarão nas ruas distribuídos em todas as regiões administrativas. Sendo 250 para postos comunitários e em seis meses a comunidade da Ceilândia contará com dois batalhões para dar atendimento à população. Isso é um compromisso”, afirmou ele.

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