Servidores do Judiciário cruzaram os braços num ato de protesto que iniciou nesta quarta (13). Em Brasília, um grupo realizou um protesto na Praça dos Três Poderes, para pressionar pela votação de projetos em benefício da categoria. A manifestação começou em frente ao Superior Tribunal Federal (STF) e de acordo com informações do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (Sindjus), contou com a participação de 600 pessoas.
A mobilização por aumento salarial durou 48 horas e foi realizada nos tribunais do Distrito Federal, de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Já os servidores de Mato Grosso paralisaram por 24 horas; em Minas Gerais e no Rio de Janeiro as paralisações foram na quinta (14) e duraram três horas.
Reivindicações – A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (Fenajufe) cobra do governo a aprovação dos Projetos de Lei 6613/2009 e 6697/2009, que tratam da reestruturação de carreiras da categoria e podem resultar em reajuste de 56%.
Mesmo com a mobilização não há sinais positivos para a categoria. Em audiência na Câmara realizada na segunda (11) Arno Augustin, secretário do Tesouro Nacional, afirmou que mão é possível falar sobre o tema, pois a data-limite para definição do orçamento é no mês de agosto e o governo afirma que a aprovação dos dois PLs resultaria em impacto de R$ 7,7 bilhões para os cofres públicos.
Distrito Federal – De acordo com informações do Sindjus, o último reajuste da categoria foi dado em 2006 e a presidente Dilma Rousseff (PT) tem protelado a discussão do aumento. Os servidores reclamam ainda da atuação dos três presidentes que passaram pelo STF desde que o PL 6613/09 foi apresentado, mas não conseguiram negociar a votação.
Em assembleia na tarde desta quinta (15), os servidores aprovaram um novo calendário de mobilização pela aprovação do PL 6613/09, com paralisação de 24 horas e marcaram assembleia com votação de indicativo de greve para a próxima quarta (20).