Durante a comemoração dos 50 anos do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal e o Dia da Imprensa, em sessão solene na manhã de hoje (1/6), na Câmara Legislativa, o deputado Chico Vigilante fez um registro histórico da importância da instituição para a luta da classe trabalhadora de Brasília.
O parlamentar relembrou fatos históricos que marcaram a capital federal, e que perpassam necessariamente pelas mãos da imprensa. Como o movimento batizado de “O Badernaço”, que, segundo relato do parlamentar, não teve nada de badernaço, a não ser aquele promovido pelos agentes da Ditadura, à época.
O movimento contrário à política econômica do então presidente José Sarney completou 25 anos no dia 27 de novembro do ano passado. Para Chico, o Brasil acordou a partir de Brasília. “Estávamos trabalhando por um ideal”, enfatiza. “A página escrita pelo Sindicato é algo memorável. Não teríamos obtido vitória sem a participação de vocês”, completa.
O parlamentar citou ainda a primeira greve dos vigilantes, em 1979, que contou com o apoio integral da imprensa e, cuja pauta de reivindicação, relembrou, “foi escrita pelo inesquecível jornalista, Celson Franco”. Segundo o deputado vigilante, aquela pauta foi um verdadeiro troféu para a categoria, que lutava por uma jornada de trabalho mais justa, uniforme pago pela empresa, ticket de refeição, entre outros.
A morte do jornalista Mário Eugênio – verdadeira lenda do jornalismo policial nos anos 80-, também foi relembrada pelo deputado. E ele enfatizou que aquele foi um crime desvendado não pela polícia, mas pela própria imprensa, por meio de um comitê investigativo formado por jornalistas profissionais do Distrito Federal. “Foram os jornalistas que desvendaram o crime e a polícia depois teve que aceitar”, reforça.
Para Chico Vigilante, homenagear o Sindicato dos Jornalistas “é homenagear a luta desta cidade”. E ele sugere que um livro com relatos, crônicas dos tantos casos e histórias seja escrito sobre este pedaço da história, além de documentários de profissionais que viveram uma época em que fazer jornalismo era um ato de coragem no Brasil. “Para as futuras gerações, as novas redações conheçam a memória viva da imprensa, que escreveu um bom pedaço da História do Brasil”, destacou Chico.
Informações da Assessoria de Comunicação do deputado Chico Vigilante