Plenária discute se as obras da Ciclovia do Paranoá devem ou não continuar

Publicado em: 31/05/2012

Por Brunna Guimarães – Nesta quarta-feira (30), os deputados distritais que participaram de reunião ordinária na Câmara Legislativa, discutiram matéria acerca da construção ou não de ciclovia no Paranoá. A obra que prevê a ciclovia e a reforma na calçada de pedestres na avenida comercial central do Paranoá começou há um mês, mas já vem causando fagulhas e muita polêmica. Enquanto a Administração Regional do Paranoá, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Sedhab) e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) defendem a construção da ciclovia, a Associação Comercial e Industrial do Paranoá (ACIP) pede reformulação do projeto.

O projeto que prevê dividir e revitalizar o trecho central do Paranoá em três faixas: uma para ciclistas, uma para pedestres e uma para o canteiro de plantas, integra o Projeto de Mobilidade Urbana, na qual visa alcançar a marca de 600 quilômetros de ciclovias em todo o DF até o ano de 2014.

Durante a plenária o deputado Dr. Michel foi o primeiro a abordar a questão, enfatizando que antes de executar a obra, a administração regional deve ouvir primeiramente a opinião dos moradores. "Antes de levar o projeto adiante o governo precisa discutir a retirada das calçadas com a população. Sem sombra de dúvida sabemos que a ciclovia é um projeto maravilhoso porém não sabemos se naquele local é viável, por isso urge escutarmos as reais necessidades da comunidade antes de executarmos a obra”, advertiu o deputado.

Em seguida, o deputado Chico Leite (PT) propôs que a Câmara Legislativa realize uma audiência pública com os moradores do Paranoá, para que estes possam debater a questão e definir se a implantação da ciclovia deve ser feita agora. "Todos sabemos dos benefícios das ciclovias para o trânsito e meio ambiente, mas é preciso saber se é ou não uma prioridade para a população, neste momento", afirmou.

Foi ponderado na sessão que uma grande parte da comunidade do Paranoá acredita que a ciclovia, conforme está planejada, pode causar graves transtornos futuramente, já que hoje os pedestres não contam com boas calçadas livres para caminhar, pois os passeios estão tomados por mercadorias do comércio, além de mesas, cadeiras e tapumes que impedem a trafegabilidade dos transeuntes. Já a classe empresarial do Paranoá, ACIP, solicita que seja construído um estacionamento no lugar do canteiro central, pois a falta de vagas atualmente congestiona o trânsito e desestabiliza todo acesso, desde pedestres, a motoristas.

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