No fim das contas, quem anda experimentando do próprio veneno é secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, cuja presença foi rejeitada na audiência prevista o dia 11 de abril, pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado. A audiência deveria marcar a volta do dirigente ao Brasil desde que declarou em fevereiro que o Brasil precisava de “um chute na bunda” para a avançar na organização da Copa do Mundo de 2014 (veja matéria). No fim das contas, ele é que tem sido a bola fora da vez.
A CE desmarcou a reunião que aconteceria na próxima quarta (11) entre a comissão, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo e Valcke, para discutir o projeto da Lei Geral da Copa (PLC 10/2012) (veja matéria). Os senadores ouvirão apenas o ministro, na terça (10) e devem marcar um outro debate na expectativa de que venha o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
A Comissão informou que irá enviar comunicado à Fifa, reiterando a necessidade de que a entidade seja representada por seu presidente, e não pelo secretário-geral. Desde a ocasião em que Valke disse que o Brasil merece “um pé na bunda”, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, pediu formalmente à Fifa que trocasse o interlocutor, mas não foi atendido. Valcke tentou remendar dizendo que sua expressão foi mal traduzida e que o quis dizer que o trabalho precisava ser acelerado.
Lei geral da Copa – O projeto da Lei Geral da Copa foi aprovado pela Câmara no último dia 28 e será examinado simultaneamente pela CE, CCJ e CAE no senado. A matéria disciplina os direitos comerciais da Fifa na realização da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014 e estabelece privilégios temporários para a entidade e seus associados durante os eventos esportivos.
