Capoeira nas escolas públicas do Distrito Federal, camará!

Publicado em: 16/02/2012

 

 

As escolas públicas do Distrito Federal estão prestes a receber aulas de capoeira. Ao menos no que depender da decisão de deputados distritais e representantes de secretarias do GDF, ligados às questões culturais, em audiência pública realizada nesta quinta (16), no auditório da Câmara Legislativa do DF. O próximo passo é criar um grupo de trabalho para possibilitar o atendimento da reivindicação defendida pelos adeptos da capoeira.

No plenário estiveram praticantes da capoeira e da capoterapia, que é o esporte praticado para fins terapêuticos, sobretudo entre os idosos. O promotor da audiência, deputado Wasny de Roure(PT) defende que a prática chegue às escolas, não só pelos benefícios que a prática do esporte possibilita, mas por questões culturais. "Precisamos garantir condições para que a capoeira possa chegar às escolas públicas, pois temos que levar aos nossos jovens as vantagens da prática do esporte e o reconhecimento dos valores da cultura africana para a nossa sociedade", defende Wasny.

As deputadas distrital Arlete Sampaio (PT) e federal Erika Kokay estiveram na audiência, endossando seu apoio à causa. Arlete afirmou que a atividade deveria alcançar ainda os centros olímpicos e unidades de saúde pública. Já Kokay afirma que acredita que esta decisão já devia ter sido acatada e que garantir a inclusão da capoeira nas atividades curriculares seria "uma decisão de valor inestimável".

Wasny lembrou aos participantes que a CLDF possui uma Frente Parlamentar envolvida com a questão da capoeira, criada a partir de iniciativa do deputado Joe Valle (PSB) e convidou os deputados a se reunir para buscar mais rapidez a fim de agilizarem a concretização da proposta dos capoeiristas do DF.

Expansão – O DF foi uma das pioneiras em expansão da capoeira e a capoterapia, como prática social. Ainda assim, as dificuldades para se chegar às escolas públicas persistem e essa foi a principal queixa apresentada na audiência pública. De acordo com mestre Gilvan, presidente da Associação Brasileira de Capoterapia (ABC) as atividades de capoeira já beneficiam mais de 10 mil idosos, em cinco unidades. “Nossos praticantes não têm acesso às escolas para estimular os jovens", lamentou.

Adriane Leão Barbosa, representante da Secretaria de Educação (SEC), reconheceu os problemas em adotar a capoeira, como um programa educativo, em toda a rede, mas afirmou que a SEC está fazendo um levantamento dos programas oferecidos para garantir a inserção da atividade em todas as regionais, em vez de experiências isoladas. 

Artigos relacionados