Os metroviários do Distrito Federal decidiram pela manutenção da greve em assembleia realizada na noite desta terça (10). A paralisação completa hoje (11) 31 dias e é a maior feita pela categoria em Brasília, além de ser a segunda maior entre os metroviários do Brasil. Recentemente o Metrô do Distrito Federal também foi considerado recordista mundial da carestia.
O presidente da Federação Nacional dos Metroviários, Paulo Pasin afirmou que a maior greve de metroviários ocorreu há cerca de quatro anos em Belo Horizonte e durou 33 dias e que Brasília estaria se “aproximando de um triste recorde. A greve dos funcionários do metrô da Capital Federal foi iniciada no dia 12 de dezembro. A maior paralisação da categoria ocorreu em 2010 e durou 10 dias. Na última assembleia, o movimento decidiu enviar ofício pedindo uma negociação mais efetiva para os próximos dias. A motivação da greve seria o descumprimento de um acordo coletivo.
Por seu turno, o diretor-presidente do Metrô-DF, David Matos afirma que a greve não tem justificativa, uma vez que toda a pauta da categoria está sendo cumprida desde a última negociação. De acordo com ele, a greve dos metroviários foi deflagrada em um momento inoportuno e alega que o pedido financeiro feito pela categoria no dia 15 de dezembro é ‘inconcebível’, porque em dezembro, as contas do governo já estão fechadas e em janeiro os orçamentos ainda não estão aprovados.
Negociações – A peleja entre o sindicato versus GDF e direção do Metrô-DF não avança nas discussões. Para o diretor do Sindicato dos Metroviários do DF, Anderson Pena de Oliveira o Metrô-DF mantém uma postura “irracional”. “É um retrato do descaso do governo do DF com o transporte público. Continua nessa postura de não resolver e quem sofre é o usuário”, afirma.
O dirigente sindical destaca que o valor correspondente ao prejuízo de uma semana de paralisação seria equivalente a um montante suficiente para atender a todas as reivindicações dos trabalhadores.
Reivindicações – Os grevistas acusam o Metrô-DF de fraude no Plano de Emprego e Salários dos funcionários, e reivindicam melhorias no sistema de trens, estações e manutenção. Também pedem cumprimento do acordo coletivo e equiparação de benefícios aos conquistados por funcionários da Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb), Companhia Energética de Brasília (CEB) e outras empresas do governo.
A direção do Metro-DF alega ser impossível essa equiparação com outros servidores do GDF, porque as atividades são de natureza e fontes de pagamento distintas das demais. Na semana passada, a Secretaria de Administração do GDF retirou a última proposta feita aos grevistas e informou que só volta a dialogar com os metroviários quando a categoria retornar ao trabalho. Além disso a secretaria decidiu que os dias de paralisação serão descontados de forma retroativa.
Nesta quinta (12), os metroviários devem voltar a se reunir em assembleia.
Foto, Sindmetro. Com informações do G1.