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Deputada Celina Leão acusa o Chefe da Casa Militar de ter ido na CLDF entregar vídeo a Chico Vigilante

Publicado em: 18/11/2011

Os ânimos esquentaram na sessão plenária da Câmara Legislativa do Distrito Federal, nesta quinta-feira (17). Os deputados distritais Chico Vigilante, líder do PT, e Celina Leão (PSD) monopolizaram os pronunciamentos e trocaram acusações, num debate motivado pelas denúncias que atingem o governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz e que foram feitas por Daniel Tavares, ex-funcionário da indústria farmacêutica União Química.

Chico Vigilante foi o primeiro a se pronunciar. Ele acusou a deputada de oposição de tentar obter, de maneira clandestina, as imagens do circuito interno da Casa, para verificar quem entrou no gabinete do petista, no dia 7 de novembro deste ano. A data antecedeu a divulgação de dois vídeos com Daniel Tavares, em que ele denegava as acusações contra Agnelo Queiroz.

O deputado também negou a legitimidade da reunião da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Ética, Cidadania e Decoro Parlamentar, realizada no dia 23 de outubro, um domingo, na Casa da deputada Eliana Pedrosa. No encontro, foi colhido o depoimento de Daniel Tavares com acusações ao governador. As deputadas foram posteriormente acusadas de tentar comprar o depoente por uma propina de R$ 400 mil, acrescido de um mensalão.

Celina Leão negou as acusações e se defendeu dizendo que, como deputada, tem o direito de requisitar as imagens. Ela acusou o distrital do PT de mentir em plenário, disse que Chico Vigilante relatou informações que não constam dos vídeos e reiterou que o deputado não poderia ter recebido a gravação na tarde de segunda-feira (7).

“As imagens mostram que quem entrou no gabinete dele foi o Tenente-Coronel Rogério Leão, chefe da Casa Militar, de noite. O que ele veio fazer aqui?”, afirmou a distrital do PSD, que complementou incisiva: “Coisas graves acontecem nesta Casa. O governo está cometendo crimes para ocultar crimes”.

O presidente, deputado Patrício (PT), precisou intervir para por ordem na casa. Ele cortou a fala dos dois distritais – que se estendeu em replicas e tréplicas ao longo de todo o comunicado de líderes e de deputados – e informou que os pedidos de acesso às imagens seguem normas e regras pré estabelecidas e são decididos pela mesa diretora. Depois das explicações, passou à ordem do dia.

Sem a previsão para o desenlace desta novela, a única certeza, que fica, é: na próxima semana a controvérsia continua.

 

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