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Armas adaptadas para o tráfico, têm pinturas e ótima camuflagem

Publicado em: 24/10/2017

O tráfico esta cada vez mais criativo, quando em matéria é tentar passar despercebido pela policia, pois, fuzis AK-47 calibre 7,62 x 39 mm eram customizados pelo sargento do Exército Carlos Alberto de Almeida, de 46 anos, preso na sexta-feira (20/10). Justiça decretou prisão preventiva de quadrilha comandada por sargento.

Imagens de exclusividade da  Polícia Civil mostram que o sargento do Exército Carlos Alberto de Almeida, de 46 anos, preso pela desarme na sexta feira (20/10), customizava as armas encomendadas pelo tráfico de drogas com pinturas de desenhos diversos, que exibiam estampas camufladas e de projéteis. O trabalho do armeiro envolvia reparar armas com defeitos e modernizar os armamentos.

Nesta segunda-feira (23/10), a Justiça decretou a prisão preventiva da quadrilha comandada por sargento do exército, considerado o maior armeiro do tráfico. Carlos Alberto de Almeida, vulgo Professor, 46 anos; Alexsandro Rodrigues Figueira, vulgo Gordinho, 34 anos; Felipe Rodrigues Figueira, 31 anos; Murilo Barbosa Ludigerio, 22 anos, e Valéria Simone de Oliveira de Almeida, 47 anos, tiveram as suas prisões em flagrante delito convertidas em prisões preventivas nesta segunda-feira durante audiência de custódia.

Carlos Alberto, Alexsandro, Felipe e Murilo foram presos em flagrante delito por policiais civis da Desarme no momento em que fabricavam peças de armas de fogo e realizavam a montagem e o reparo de fuzis em uma moderna oficina do tráfico na Coreia, em Senador Camará.

Valéria Simone de Oliveira de Almeida, esposa do sargento do Exército, foi presa em um desdobramento da ação, por policiais civis da Desarme, em razão de guardar em sua residência na vila militar diversas munições de uso restritos de pistola de vários calibres.

“Ele [Almeida] era um dos maiores armeiros dos criminosos do Rio de Janeiro atualmente”, afirmou o delegado Fabrício Oliveira, titular da Desarme, acrescentando que há pelo menos dez anos o militar trabalhava para traficantes das favelas Vila Aliança, Coreia, Vila dos Pinheiros, Parada de Lucas , Serrinha, Dendê, além de comunidades da Baixada Fluminense.

A Justiça afirmou que todas as prisões foram realizadas dentro das formalidades legais e ressaltou que a liberdade dos acusados colocaria em grave risco a ordem pública em razão da periculosidade dos presos.

Após três meses, a investigação da especializada chegou ao endereço onde a quadrilha do militar montava, desmontava e limpava armas. Neste tempo, os policiais descobriram que o criminoso chegou a montar oficinas itinerantes, dentro das próprias favelas, para diminuir o risco de sofrer um ataque da polícia.

“Soubemos que ele montou, recentemente, uma oficina dessas na própria Rocinha, após ser contratado diretamente pelo próprio Rogério 157 [Rogério Avelino da Silva]. Seria a primeira vez que ele atuaria em uma comunidade dominada pela facção Amigos dos Amigos (ADA)”, completa Oliveira

 

G1

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