Delegacia de Crimes de Discriminação Racial e Religiosa é criada em Brasília

O governador do Distrito Federal (DF), Rodrigo Rollemberg, assinou hoje (21), Dia Mundial da Religião e Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, o decreto de criação da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência.
A delegacia é a quarta do país criada para combater os crimes de discriminação. As primeiras são as de Mato Grosso, do Pará e do Piauí.
Autor da lei que deu origem à delegacia, o deputado distrital Lira (PHS) disse que, embora o racismo e a discriminação tenham de ser combatidos nas escolas, existem em Brasília vários indícios de racismo e perseguições a templos religiosos, o que tornou necessária a criação da delegacia para que as vítimas de tais crimes tenham um local específico ao qual se dirigir para apurar os fatos. “Infelizmente, no Brasil, algumas coisas só funcionam por imposição”, afirmou o deputado.

Governador sanciona lei que cria Delegacia de Combate à Intolerância Religiosa no DF

O governador Rodrigo Rollemberg sanciona, nesta quinta-feira (21), o Projeto de Lei n° 806/2015, de autoria do deputado distrital Lira (PHS), para a criação da Delegacia Especializada de Combate à Intolerância Religiosa. A solenidade de lançamento da Delegacia será, às 9h30, no Palácio do Buriti.

O templo religioso Axé Oyá Bagan, de matriz africana, foi incendiado na madrugada do último dia 27 de novembro, no Núcleo Rural Córrego do Tamanduá, entre as regiões do Lago Norte e Paranoá. Esse foi o mais recente caso de ataque a locais de culto no Distrito Federal. No entorno do DF, no último semestre, ao menos outros três terreiros afro-brasileiros foram atacados: em Santo Antônio do Descoberto, em Águas Lindas e em Valparaíso. Todos esses foram também incendiados, sendo que o primeiro, do babalorixá Babazinho de Oxalá, já tinha sido alvo de outras ações.