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FUP lamenta mais uma morte causada pela atual política de preços dos combustíveis

Publicado em: 12/04/2022

“Os reajustes que a gestão da Petrobrás vem aplicando não apenas no gás de cozinha, mas também no óleo diesel e na gasolina, estão atingindo a população de forma dramática. Mais uma vez, por causa da política de preços da Petrobrás, uma pessoa morre ao utilizar álcool para cozinhar”, lamenta o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, ao lembrar do mais recente acidente fatal ocorrido em São Vicente, litoral sul de São Paulo. Desta vez a vítima foi a jovem Angélica Rodrigues, de 26 anos, que sofreu graves queimaduras e faleceu após ter 85% do seu corpo atingido enquanto usava o etanol no lugar do botijão de gás para preparar a sua comida.

Esse não é um caso isolado. “Já tivemos muitos outros casos de acidentes causados pelo mesmo motivo foram noticiados porque as pessoas não conseguem pagar R$ 115 em média por um botijão de gás de 13 kg”, explica Bacelar. Para o dirigente, essas mortes podem ser evitadas, bastando que a atual gestão da estatal pare de usar somente a cotação do petróleo e do dólar e passe a considerar também os custos nacionais de produção. “Só assim os combustíveis e GLP serão comercializados a um preço acessível para o povo”, comenta ele. Desde a implantação do Preço de Paridade de Importação (PPI) no governo Temer, em outubro de 2016, o gás de cozinha subiu 349,3%. “As famílias acabam tendo que escolher entre comprar a comida ou o botijão”.

Apesar de a Petrobrás ter anunciado na última semana a baixa de 5,58% no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), esta redução ainda não foi sentida pelo consumidor. Só em março, o quilo do GLP subiu 16% nas refinarias.

Além do alto custo do GLP, o preço dos combustíveis no Brasil é uma das principais fontes de pressão inflacionária. Os aumentos nas refinarias repercutem nos postos de revenda, ou seja, no bolso do consumidor final. De janeiro de 2019 até hoje, a gasolina subiu 155,8%, o diesel 143,2% e o gás de cozinha, 132,2%, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Fonte: ANP — Elaboração: Dieese/FUP
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