Funaro afirma que Cunha funcionava como um banco de corrupção de políticos

Publicado em: 13/10/2017

 

Lucio Funaro definiu, em seu acordo de delação premiada, o papel de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara dos Deputados.

Segundo Funaro, “Eduardo funcionava como se fosse um banco de corrupção de políticos, ou seja, todo mundo que precisava de recursos pedia para ele, e ele cedia. Em troca mandava no mandato do cara”, afirmou. “Não precisava nem ir atrás de ninguém, fazia fila de gente atrás dele”.

Ao relatar o repasse de propinas na Caixa Econômica Federal, o operador financeiro informou que entre 60% e 65% do valor de cada operação ficava com Geddel Vieira Lima, depois que assumiu a vice-presidência de Pessoa Jurídica do banco, em 2011.

“O resto (40% a 35%) eu e o Cunha meiávamos no meio (sic) ou eu dava 5% a mais para o Cunha e o resto para mim, dependia da operação e da necessidade de caixa que ele tinha”, disse Lucio Funaro.

O operador complementou que sua relação com o ex-presidente da Câmara era “muito boa” porque não se importava em destinar um valor maior a Cunha do que a ele próprio, se fosse para contemplar o “projeto político dele”.

“Falava ‘tá bom’ porque apostava que ele realmente ia chegar onde chegou, que foi chegar a ser a pessoa que teve mais importância e poder no Brasil. Foi um período curto de tempo, mas ele chegou” finalizou Funaro.

Cunha está já preso há um ano e sua tentativa de acordo de delação continua parada.

Fonte: Metrópoles

 

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