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Cardozo determina que PF apure vazamento do sigilo telefônico de executivo da OAS

Publicado em: 07/01/2016

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou hoje (7) à Polícia Federal que investigue o vazamento da quebra do sigilo telefônico do ex-presidente da Construtora OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, mais conhecido como Léo Pinheiro.

As informações sobre a troca de mensagens entre Léo Pinheiro e membros do governo federal foram divulgadas pela imprensa nesta quinta-feira. De acordo com as reportagens, o empreiteiro negociou com ministros da presidenta Dilma Rousseff apoio financeiro à campanha de reeleição presidencial, em 2014, e para a prefeitura de Salvador, em 2012.

De acordo com nota divulgada pelo Ministério da Justiça, Cardozo solicitou a abertura “imediata” de inquérito policial para investigar a divulgação de mensagens do empresário, “que, em princípio, estão protegidas por sigilo legal”.

Segundo o ministério, a investigação se refere a mensagens de texto trocadas pelo empresário entre agosto de 2012 e outubro de 2014, publicadas no jornal Estado de S. Paulo.

Conforme a reportagem, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, recebeu pedidos para intermediar interesses de Léo Pinheiro junto ao ministério dos Transportes.

Wagner se diz “absolutamente tranquilo”

O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse que está “absolutamente tranquilo” sobre a troca de mensagens com um empreiteiro da OAS envolvido na Operação Lava Jato. As conversas foram citadas em reportagem do jornal O Estado de São Paulo, publicada nesta quinta-feira.

Segundo a reportagem, quando era governador da Bahia, o atual chefe da Casa Civil trocou mensagens de telefone com o ex-presidente da empreiteira OAS José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, um dos condenados no esquema de corrupção da Petrobras.

Nos diálogos, Wagner o executivo da empreiteira negociam apoio financeiro para a campanha do PT à prefeitura de Salvador, em 2012.  Nas mensagens, o então governador também recebeu pedidos para intermediar interesses do empresário junto ao Ministério dos Transportes.

“Em relação à matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, nesta quinta-feira (07), afirmo estar absolutamente tranquilo quanto a minha atividade política institucional, exclusivamente baseada na defesa dos interesses do estado da Bahia e do Brasil”, respondeu o ministro, por meio de nota e de sua conta no Twitter.

Wagner, que foi governador da Bahia por dois mandatos, afirma estar à disposição do Ministério Público e demais órgãos para “quaisquer esclarecimentos”. No texto, o ministro critica e diz repudiar a “reiterada prática de vazamentos” de informações consideradas por ele “preliminares e inconsistentes”. Segundo ele, esse tipo de vazamento não contribui para “andamento das apurações e do devido processo legal”.

 

Agência Brasil

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