As usinas contratadas pelo senador Delcídio do Amaral (PT), enquanto ele era diretor da Petrobras, teriam causado mais prejuízo que a compra de Pasadena, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com cálculos da estatal e do Tribunal de Contas da União (TCU), quatro termelétricas, contratadas no governo de Fernando Henrique Cardoso sob o regime do Programa Prioritário de Termeletricidade, custaram à petrolífera R$ 5 bilhões.
Segundo a publicação, o rombo provocado pela aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, foi de US$ 792 milhões – em valores atuais, aproximadamente R$ 3 bilhões.
No ano passado, os ministros Augusto Nardes e Benjamin Zymler decidiram isentar Delcídio e Nestor Cerveró, que foi subordinado de Delcídio na estatal, das responsabilidades sobre o prejuízo.
Além disso, o senador estaria envolvido em suposto recebimento de propina citada nas delações premiadas de Cerveró e Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal e sócio em uma das usinas.
Durante negociação de sua delação premiada, Cerveró relatou que Delcídio recebeu US$ 10 milhões da Alstom por contratos de fornecimento com a Petrobras. A Alstom foi a fornecedora das turbinas de geração em Macaé Merchant (atual Mário Lago) e na TermoRio.
Procuradas pela reportagem, as defesas de Delcídio e da Petrobras não comentaram.
Folha de São Paulo e Financista