A Executiva Nacional do Partido Pátria Livre (PPL) decidiu abrir processo de expulsão contra a deputada distrital Telma Rufino, antes mesmo da conclusão da investigação da Operação Trick, onde a distrital é citada
por suposto envolvimento em fraudes bancárias para financiamento de campanha. A decisão da legenda foi tomada na última sexta-feira (8) por unanimidade em uma reunião em São Paulo, mas só foi divulgada ontem (13).
Perplexa, a deputada lançou uma nota onde diz que não foi notificada oficialmente sobre decisão da legenda e que aguarda ser notificada oficialmente pelo partido para tomar providências. Segundo o partido, Telma também foi suspensa “preventivamente e por um prazo de 60 dias” das funções partidárias e da vice-presidência do PPL no Distrito Federal.
Investigado na mesma operação policial, o ex-diretor do DFTrans e atual presidente regional do partido, Marco Antonio Campanella, se licenciou do cargo na última sexta para “cuidar plenamente de sua defesa”. A presidência interina do PPL-DF deve ser decidida na próxima semana, em reunião da executiva regional
Segundo nota do partido, a executiva nacional “verificou que constam nos autos fortes evidências de desvio de conduta e favorecimento indevido, demonstradas sobretudo pelas inúmeras gravações telefônicas autorizadas pela Justiça”. O documento é assinado pelo presidente nacional da legenda, Sérgio Rubens de Araújo Torres, e pelo secretário Nacional de Organização, Miguel Manso.
A nota diz que o suposto envolvimento de Telma Rufino no esquema causa “grave prejuízo ao partido”. O processo foi encaminhado à Comissão Nacional de Ética do PPL. O partido disse que a distrital terá “amplo direito de defesa”.