Deputada critica construção do “Memorial Jango” em área tombada de Brasília

Publicado em: 31/03/2015

A vice-presidente da Câmara Legislativa, deputada distrital Liliane Roriz, fez nesta terça-feira, 31 de março, críticas a qualquer tipo de construção que seja feita em área tombada de Brasília. Como exemplo, citou a escolha da localização onde poderá ser construído o Memorial Liberdade e Democracia Presidente João Goulart, em homenagem ao presidente deposto do regime militar em 1964. “A questão não é meritória, já que Jango marcou nossa história e foi um grande presidente da República. Mas, para mim, não há político, partido, amigo ou qualquer outra coisa que seja maior do que o meu amor por Brasília e por sua preservação”, disparou. "O memorial consta no projeto original de Brasília?", indagou.


A nova edificação que será erguida entre a Praça do Cruzeiro e o Memorial JK, no centro da capital, tem assinatura do escritório do arquiteto Oscar Niemeyer e já gera polêmica entre moradores e sociedade civil. “O grande problema que vejo é que hoje qualquer motivo é desculpa para se alterar o plano original de Lúcio Costa, independente do mérito. No mandato passado, queriam aprovar o PPCUB tendo a Copa como pano de fundo, o – padrão Fifa”, criticou.


Segundo a parlamentar, a capital do Brasil deve ser respeitada, sem alterações no que foi previsto pelo plano de Lucio Costa e que levou a Unesco a dar o título de Patrimônio Cultural da Humanidade a Brasília. “Brasília não é qualquer cidade que alguém chega, acha que deve ser feito isso ou aquilo, faz um lobby entre as autoridades e muda-se tudo”, disse. “Pela minha luta em prol do tombamento, sei que não faltam interesseiros em busca do fim desse título, uma vez que é ele que dificulta e muito a especulação imobiliária na área mais valorizada da capital”, completou.

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