“Branco Sai. Preto Fica” é o vencedor.

Publicado em: 24/09/2014

"Branco Sai. Preto Fica", filme dirigido por Adirley Queirós, vencedor do 19º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal na categoria longa-metragem, além de quatro prêmios técnicos (veja lista completa abaixo), saiu consagrado da 47ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com um total de 11 estatuetas – cinco da Câmara, três da competição oficial e outras três especiais. A produção acabou com um jejum de 20 anos sem que nenhum diretor brasiliense ganhasse o prêmio principal do festival. Os vencedores, que além dos troféus recebem premiação em dinheiro, foram conhecidos na noite desta terça-feira (23). 

Antes de Adirley, o último vencedor brasiliense do principal prêmio do festival havia sido André Luiz Oliveira ("Louco por Cinema"), que viu seu novo filme – "Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato Matos" – arrebatar, na cerimônia de encerramento, o Troféu Câmara Legislativa nas categorias de melhor direção e melhor trilha sonora, pelo júri oficial, além do prêmio de melhor longa do júri popular. O filme recebeu ainda dois prêmios especiais: o Marco Antônio Guimarães, dos pesquisadores de cinema; e o Troféu Conterrâneos, concedido pela Fundação Cine Memória (Vladimir Carvalho) ao melhor documentário.

"Crônicas de uma cidade inventada", de Luísa Caetano, foi escolhido pelo júri oficial do Troféu Câmara Legislativa como o melhor curta-metragem. O filme, que também participou da mostra oficial, competindo com produções de várias partes do País, recebeu o Troféu Candango do júri popular, formado pelo público que compareceu ao Festival de Brasília.

Júri popular – Pela terceira vez consecutiva, um filme dirigido por Fáuston da Silva – desta vez "Ácido Acético" – vence na categoria melhor curta-metragem pelo júri popular. Ao subir ao palco para agradecer, o diretor, que é responsável pelo roteiro do filme – também vencedor do troféu – agradeceu à Câmara Legislativa que "tem feito com que os realizadores de Brasília não desistam de fazer cinema". Fáuston dedicou o prêmio de roteiro ao ator Andrade Jr., que o acompanha em suas produções, e brincou: "O troféu vai pra ele, mas os R$ 6 mil não", referindo-se ao valor do prêmio das categorias técnicas.

rapper Marquim do Tropa, de "Branco Sai. Preto Fica", recebeu o Troféu Câmara de melhor ator – premiação que se repetiu na mostra principal; a melhor atriz foi Klarah Lobato, do filme "Querido Capricórnio", dirigido por Amanda Devulsky; Dani Azul recebeu o prêmio pela fotografia de "Meio Fio", de Denise Vieira. O troféu de direção de arte foi dado a Luiz Fernando Skopein, pelo curta "À Mão Armada", única animação selecionada para a competição.

Os demais prêmios técnicos do Troféu Câmara Legislativa foram entregues a integrantes da equipe de "Branco Sai. Preto Fica": melhor montagem, Guille Martins; edição de som, Guille Martins e Camila Machado; e captação de som direto, Francisco Craesmeyer.

Prêmios em parceria – Os filmes vencedores nas categorias melhor longa-metragem e melhor curta-metragem, pelo júri popular, também receberam o Prêmio CiaRIO: no valor de R$ 15 mil em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa Moviecenter, e de R$ 7 mil em locação de equipamentos de iluminação, acessórios e maquinaria da empresa Naymar.

O júri oficial que escolheu os vencedores do Troféu Câmara Legislativa – entre as produções exibidas na Mostra Brasília – foi integrado pela atriz Marcélia Cartaxo que, entre outras premiações no Brasil e no exterior, recebeu o Troféu Candango em três edições do Festival de Brasília, sendo o primeiro por seu papel de Macabéa no filme "A Hora da Estrela" (Suzana Amaral) em 1985; a jornalista e pesquisadora de cinema Maria do Rosário Caetano, com vários livros publicados e participação em diversos júris de festivais de cinema; e o jornalista e cineasta Sérgio Bazi, que tem importante atuação na crítica cinematográfica do DF.

TROFÉU CÂMARA LEGISLATIVA DO DF

Branco Sai. Preto Fica, de Adirley Queirós
Melhor longa-metragem (R$ 80 mil)
Melhor ator – Marquim do Tropa (R$ 6 mil)
Melhor montagem – Guille Martins (R$ 6 mil)
Melhor edição de som – Guille Martins e Camila Machado (R$ 6 mil)
Melhor captação de som direto – Francisco Craesmeyer (R$ 6 mil)


Zirig Dum Brasília – A Arte e o Sonho de Renato Matos, de André Luiz Oliveira
Melhor direção (R$ 6 mil)
Melhor trilha sonora – Renato Matos (R$ 6 mil)
Melhor longa-metragem pelo júri popular (R$ 20 mil)
 

Crônicas de uma cidade inventada, de Luísa Caetano
Melhor curta-metragem (R$ 30 mil)
 

Ácido Acético, de Fáuston da Silva
Melhor roteiro – Fáuston da Silva (R$ 6 mil)
Melhor curta-metragem pelo júri popular (R$ 10 mil)


Querido Capricórnio, de Amanda Devulsky
Melhor atriz – Klarah Lobato (R$ 6 mil)


Meio Fio, de Denise Vieira
Melhor fotografia – Dani Azul (R$ 6 mil)


À Mão Armada, de Afonso Serpa
Melhor direção de arte – Luiz Fernando Skopein (R$ 6 mil)

 
 
 

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