Os servidores do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) voltaram a se reunir na Câmara Legislativa nesta sexta-feira (11), uma semana após o último encontro. Em audiência pública no auditório da Casa, eles reiteraram suas reivindicações ao GDF e receberam apoio dos deputados distritais. O ponto principal da discussão é a falta de definição das atribuições e da lotação dos integrantes da categoria desde que foram incluídos na Carreira de Políticas Públicas e Gestão Governamental (PPGG) do GDF.
À frente da audiência, o presidente da CLDF, Wasny de Roure (PT), informou que os deputados da base governista estiveram reunidos ontem com o governador Agnelo Queiroz para tratar, entre outros assuntos, do futuro dos servidores do SLU. "O governador se mostra aberto a criar saídas para a questão, mas não pode criar ônus para o governo", afirmou.
Os servidores também receberam apoio do deputado Olair Francisco (PTdoB), quem assegurou que o Legislativo do DF não vai permitir "qualquer injustiça com a categoria", lembrando haver servidores próximos da aposentadoria. Também falou a favor do grupo a deputada federal Erika Kokay (PT-DF).
Perspectivas – O mais provável, de acordo com a avaliação dos participantes, é que a lotação dos servidores – principalmente dos que exerciam a função de orientadores educacionais – se dê em órgãos como a Secretaria de Meio Ambiente ou o Instituto Brasília Ambiental (Ibram). Contudo, presentes à audiência sinalizam haver reivindicações para a Agefis e para administrações regionais. O representante dos servidores, Adalmy Araújo, disse que já há "sinalização de que a questão deverá ser resolvida".
A mesma avaliação é compartilhada pelas entidades sindicais e associações que representam os trabalhadores. Em reunião na Secretaria de Administração do DF, na tarde de ontem, eles receberam garantias de que a categoria não sairá no prejuízo. Contudo, conforme observou o presidente da Associação dos Servidores do SLU, Diogo Batista: "Em fevereiro passado, tivemos a mesma garantia e não foi o que ocorreu". Ele referia-se à indenização de transporte que os servidores deixaram de receber.
Perseguição – Representando o SLU na audiência desta manhã, o diretor-adjunto do órgão, Hamilton Ribeiro, negou haver perseguição aos servidores que estão participando de reuniões. "Não há corte de ponto", garantiu. Segundo ele, o SLU está trabalhando, junto com a Secretaria de Administração, para que a lotação atenda àquilo que a categoria externou em pesquisa realizada no ano passado.