A suspensão das matrículas de 58 estudantes da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) repercutiu na sessão ordinária desta terça-feira (25) na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Um grupo de estudantes compareceu ao Legislativo e pediu apoio dos deputados para reverter a situação.
O caso atinge 33 estudantes de medicina e 25 de enfermagem que já estavam assistindo às aulas dos cursos e tiveram suas vagas suspensas pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE). A instituição alega um erro na correção das redações. A galeria do plenário da Casa foi ocupada por estudantes e apoiadores do movimento, portando cartazes e faixas coloridas com frases como "Não é só pelos 58" e "Obrigado, CESPE, por acabar com nossos sonhos".
Alguns deputados distritais se manifestaram a favor da luta dos estudantes. O deputado Prof. Israel (PV) declarou-se sensibilizado com a situação dos jovens e destacou o esforço e o empenho que eles tiveram nos estudos para conseguir uma vaga na renomada faculdade de saúde, considerada "umas das quatro melhores do País".
O parlamentar mostrou-se também indignado com a postura do CESPE, os erros cometidos e o comunicado de esclarecimento de "20 linhas sobre o caso". Prof. Israel solicitou ao presidente da Câmara, deputado Wasny de Roure (PT), que a Casa se junte à luta dos estudantes para reverter a situação.
A presidenta da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da CLDF, deputada Liliane Roriz (PRTB), contou ter recebido os estudantes em seu gabinete e prometeu atuar para encontrar soluções. Para ela, o erro cometido no vestibular também é de responsabilidade do secretário de Saúde do GDF, Rafael Barbosa.
