O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, responsabilizou, ontem (13), a Polícia Militar do DF pelo tumulto em frente ao Palácio do Planalto na manifestação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), na quarta-feira (12). Segundo o ministro, o motivo do confronto teria sido uma informação errada, recebida pelos policiais.
Carvalho disse que o comando da PM recebeu a denúncia de que havia porretes em um dos ônibus usados pelos manifestantes quando, na verdade, o veículo guardava cruzes de madeira que seriam exibidas pelos sem-terra e pedaços de pau para montagem de barracas.
O ministro afirmou ainda, não saber de onde veio a informação e que o comandante da operação decidiu fazer um grupo da PM entrar na multidão para trancar o ônibus.
A tentativa de interditar o ônibus provocou a reação dos militantes dos manifestantes. Para o ministro, foram os líderes da manifestação que evitaram uma tragédia maior, ao proteger os policiais.
O integrante da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Alexandre Conceição, declarou nesta quinta-feira (13), que os ativistas reagiram ao tratamento de um grupo da polícia. "Não descemos com nenhum tipo de arma, como alguns noticiaram por aí. Nossa marcha foi muito pacífica, mas, infelizmente, houve uma provocação severa de um grupo de policiais. Me parece que o grupo que foi provocar a violência de ontem é um grupo insatisfeito com o governo", alertou.
