Em entrevista ao Correio Braziliense, o presidente interino da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do DF (Aspra), sargento Manoel Sansão, desafiou a Justiça e diz que os militares não vão recuar e a Operação Tartaruga vai continuar. Dessa maneira a Associação não cumpre a determinação do TJDFT, que exige que os militares voltem ao trabalho sob pena de multa diária no valor R$ 100 mil.“Quem está sofrendo são os policiais e os bombeiros. Acho que não é colocando oficial na rua que vai resolver problema do salário de quem está insatisfeito”, afirmou o sargento.
Os protestos iniciados em águas Claras, após a morte do administrador de empresas Leonardo Almeida Monteiro, de 29 anos, na última terça-feira (28), também seguem. Um grupo de mais de 100 pessoas caminharam pela Via Eixão em manifestação pela paz, na manhã deste domingo (2). Um novo protesto contra a violência no DF está marcado para o próximo dia (7/02).
As principais reivindicações são por mudanças no código penal, reforma no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e mais atenção do governo para as áreas de segurança, educação e saúde. A Secretaria de Segurança Pública do DF contabilizou 75 homicídios na Capital, no primeiro mês de 2014. Além de moradores, comerciantes temem pela insegurança.
Além das famílias de vítimas de homicídios, empresários e representantes do setor produtivo divulgaram, nesta sexta-feira (31), um manifesto em repúdio à falta de policiamento no DF. Até o final de janeiro, segundo os comerciantes, mais de 100 assaltos em bares e restaurantes, farmácias e postos de combustíveis foram registrados. O documento, que inclui o pedido da ação da Força Nacional, será entregue ao Governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, na próxima semana.
Por Ana Paula Oliveira