A junta médica da Câmara dos Deputados expediu novo parecer negando pedido de aposentadoria por invalidez ao ex-deputado José Genoino (PT-SP). Na última sexta-feira (14), os médicos afirmaram, por meio de documento, que Genoino tem pressão alta, não é portador de cardiopatia grave e, portanto, não teria direito a aposentadoria integral.
Na última quinta-feira (13), o petista acrescentou novos exames ao processo, incluindo o monitoramento ambulatorial da pressão arterial. Com isso, o laudo vai voltar à junta médica para nova análise. Dependendo do resultado do novo exame, a junta poderá ou não mudar o parecer e conceder a aposentadoria por invalidez a Genoino. Além da aposentadoria por invalidez, o condenado pleiteia prisão domiciliar definitiva.
Esta é a segunda vez que os médicos da Câmara negam o pedido de aposentadoria ao ex-deputado. De acordo com os profissionais, Genoino não é portador de cardiopatia grave do ponto de vista médico pericial. Em julho de 2013, Genoino passou por cirurgia de correção da dissecção da aorta. Com a operação, os médicos avaliaram que houve melhora no quadro clínico do paciente.
Quando o ex-deputado foi preso no dia 15 de novembro, passou mal e foi internado no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal com suspeita de infarto. Desde então, Genoino está sob prisão domiciliar, concedida pelo prazo de 90 dias, que termina nesta quarta-feira (19). José Genoino é um dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Caso os médicos mudem o parecer, Genoino, que hoje está aposentado na Câmara por tempo de contribuição, recebendo cerca de R$ 20 mil por mês, passará a ter direito a receber integralmente os R$ 26,7 mil pagos atualmente aos parlamentares que estão no exercício do mandato.